As paredes brancas, claras, imensas, desenhando linhas severas de muralhas, têm um aspeto misterioso, e fazem pensar ao mesmo tempo no Oriente e na Renascença Veneziana. Grandes balcões envidraçados e salientes dão às ruas um perfil pitoresco. De ambos os lados, erguem-se casas enormes, de fisionomia altiva e impenetrável, longas arcadas misteriosas, terraços sucessivos, fragmentos de esculturas, detalhes admiráveis que parecem italianos pelo mistério e orientais pela fantasia. Todo aquele mundo pitoresco e bárbaro nos trazia à memória os seus cavaleiros brancos, altivos, trazendo a cruz vermelha ao peito.
Eça de Queiroz, 1869 (sobre Valletta)
A presença portuguesa em Malta ocorre no século XVIII, quando foi nomeado o primeiro grão-mestre português da Ordem de Malta, António Manoel de Vilhena (1672-1736) que revolucionou o urbanismo e a arquitetura desta Ilha. Em Valletta testemunharemos esta revolução nas ruas, nos edifícios, na toponímia, na língua na arte e cultura local.
O CNC propõe esta especial viagem do ciclo “Os portugueses ao encontro da sua História” onde irá conhecer melhor a influência e herança portuguesa em Malta, visitando Valletta, Mdina (ambas classificadas Património da Humanidade pela UNESCO) e Rabat, entre outros locais da Ilha. Não deixará de assistir a um dos concertos organizados dentro do programa de Valletta 2018 – Capital Europeia da Cultura.
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