V SEMINÁRIO SOS AZULEJO EM VILA FRANCA de XIRA
O mau tempo, a chuva torrencial e a pouca centralidade do local – o magnífico palácio de Nossa Sª da Piedade na Póvoa de Sta Iria – não lograram demover as cerca de 100 pessoas que participaram no V Seminário SOS Azulejo no dia 6 de Dezembro.
A visita ao palácio da parte da manhã – guiada por Celso Mangucci e José Meco – foi muitíssimo apreciada e só pecou por… sobrelotação. Muitos voltarão certamente para visitar o palácio com mais espaço, para apreciar condignamente os magníficos azulejos.
Da parte da tarde, depois da abertura oficial do evento por parte do Sr Vereador da Cultura de Vila Franca de Xira e da Sra Diretora da EPJ, e depois da coordenadora do Projeto ter apresentado uma breve resenha do conjunto das ações do SOS Azulejo de 2007 à atualidade, deu-se início ao 1º Painel, já sobre o tema ‘Azulejos na Arquitetura contemporânea portuguesa: Tensão, vazio, ou promessa de futuro?’ moderado pelo Diretor do Museu do Neorealismo, com as comunicações de Ana Almeida, Luis Mariz e Luc Hennetier. Seguiu-se a ‘Mesa Redonda’, moderada por Leonor Sá, composta por Eduardo Nery, Manuel Aires Mateus, Fernanda Fragateiro e Tiago Montepegado, rematada por um debate participado pelo público.
Os contributos dos intervenientes impressionaram pelo nível e qualidade.
À laia de mini conclusão, nesta curta notícia, poderemos dizer que, apesar de todos os obstáculos, – entre os quais a atual crise e dimunuição drástica de construção – os azulejos parecem poder vir a ter um promissor futuro na arquitetura portuguesa: o seu caráter identitário português gerou um grande consenso entre todos e há vários indicadores de que este revestimento cerâmico merece cada vez mais interesse por parte de um número crescente de arquitetos portugueses e estrangeiros a construir em Portugal.
07.12.12