Os lugares onde brotam as águas termais são especiais, únicos e vibrantes. A união entre água, rocha e território motivou o desenho de arquiteturas seletivas e a criação de pequenos territórios nascidos das águas.
Como eram há cinco séculos, ou há 100 anos, e quem os frequentava. Por que razão o faziam? Que rituais praticavam? Quais os cenários mais singulares desta história, e que ainda perduram?
Mergulhe-se, enfim, nas estórias que fazem a história destas terras-de-águas.
É preciso recuar a diferentes épocas, desde os tempos mais remotos até ao fervilhar da moda termal em plena Belle Epoque, ou até à realidade atual que promove e valoriza as termas.
A história da água como agente terapêutico começa na capacidade ancestral da observação dos melhoramentos em animais feridos a que se seguiram benefícios no Homem. Antes das suas origens científicas, o uso da água mineral é associado à espiritualidade e ao empirismo, depois às práticas sociais de higiene, saúde e convívio e, mais recentemente, a novas exigências e necessidades para quem se desloca para outros lugares, numa repetição de práticas de lazer, sociabilidade e convivialidade.
Esta experiência singular, para a qual o espaço de representação social tem sido parte integrante, é uma linha contínua entre gerações de empreendedores, técnicos, médicos e aquistas. Vamos conhecer os seus nomes e a sua importância nesta história, escritos nos lugares por onde passaram e hoje nos apetece voltar. Lugares que se tornaram em territórios completos, cenários idílicos e essenciais para um quotidiano devoto à saúde.
As estância termais transformaram-se, nos seus rituais relacionados com novas preocupações com o corpo e a alma, em relação às quais o espaço de acolhimento se desenha com base numa programação que ganha novos contornos: a compatibilização da terapêutica com as atividades de bem-estar e de recuperação física e psíquica; o termoludismo e os grandes espaços de água coletivos; a organização do conjunto edificado, de forma a viabilizar o funcionamento anual, mas também a otimização da estrutura distributiva dos diferentes percursos funcionais, que permite a sua reativação ou fecho sazonal; a visão de conjunto e a atuação global à escala do microcosmo termal; e os valores ecológicos, como matriz da sustentabilidade de uma atividade milenar em território sensível.
Neste ciclo que nunca finda, as terras-de-águas, com o seu património e os novos equipamentos, voltam a ser habitats de inovação, aprendizagem, criatividade, conhecimento e bem-estar. E, pela sua exemplaridade, tornam-se paradigmáticos para outros Microcosmos da Água.
1ª sessão: O Simbolismo da Água
2ª sessão: O Urbanismo e a Arquitetura Termal
3ª sessão: Os Rituais que conformam o Microcosmo Termal
4ª sessão: A Cenografia Termal: um palco modelar para as Artes
5ª sessão: As Viagens e os Viajantes no Mundo das Águas
Coordenação: Helena Gonçalves Pinto
Adiado – datas a anunciar
Para mais informações contactar Alexandra Prista
Tel: 965 271 877 ou e-mail: divulgacao@cnc.pt