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“Que Portugal queremos ser, que Portugal vamos ter?”

 

Emílio Rui Vilar é o orador convidado do jantares-debate que se realiza no Grémio Literário, dia 23 de fevereiro (terça-feira).

O próximo jantar-debate promovido pelo Clube Português de Imprensa, em parceria com o Centro Nacional de Cultura e o Grémio Literário, subordinado ao tema “Que Portugal queremos ser, que Portugal vamos ter?, terá Emílio Rui Vilar como orador convidado.

Jurista de formação, Emílio Rui Vilar exibe um currículo invulgar, mas insiste em ser um homem discreto, que gostaria de ter sido arquiteto e poderia ter sido juiz.  

É reconhecido, no entanto, pelas suas qualidades de liderança, com uma determinação e firmeza que contrastam com a timidez que os amigos lhe atribuem.

Entre o político, o gestor, o banqueiro e o homem de Cultura, Emílio Rui Vilar desdobra-se em várias facetas, que integram o seu perfil multidisciplinar.

Nasceu no Porto em 1939. É casado com a professora, escritora e ex-ministra da Educação, Isabel Alçada. Tem filhos e netos.

Licenciou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1961, tendo integrado o CITAC – Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra. Iniciou a carreira profissional, em 1966, no Banco Português do Atlântico, chegando aos quadros diretivos desta instituição em 1969.

Primeiro presidente da Direção da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, eleito em 1970, estreou-se na política durante o período revolucionário, logo após o 25 de Abril de 1974.

Começou, assim, por ser Secretário de Estado do Comércio Externo e Turismo do I Governo Provisório, tornando-se, sucessivamente, ministro da Economia dos II e III Governos Provisórios.

Depois, foi designado vice-governador do Banco de Portugal, em 1975, e eleito no ano seguinte para deputado à Assembleia da República, pelo PS, deixando o cargo para integrar o I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares, como ministro dos Transportes e Comunicações.
Quando o governo acabou, em 1978, regressou à função de vice-governador do BdP, até que em 1985 foi nomeado presidente do Conselho de Gestão do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa. Ficou apenas um ano nessa função, aceitando a designação do governo de Aníbal Cavaco Silva para diretor-geral da Comissão das Comunidades Europeias, em Bruxelas.

Retomou a sua carreira no sector bancário em 1989, ano em que foi nomeado presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos. Permaneceu no cargo até 1995, acumulando com a presidência do Grupo Europeu dos Bancos de Poupança. Mais tarde, entre 2001 e 2002, presidiu ao Conselho de Administração da Galp.

Emílio Rui Vilar assumiu, paralelamente, numerosas responsabilidades na área da gestão cultural, quer no sector público quer no privado. Presidiu à Comissão de Fiscalização do Teatro Nacional de São Carlos, foi comissário-geral de Portugal na Europália ’91, vice-presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves e administrador da sociedade Porto 2001.

Admirador confesso de Camus, reconheceu numa entrevista de vida que “vivemos uma nova era de profundas perplexidades” ao constatar ainda que “as ideias do planeamento estão quase fora de moda” sujeitas à tese de que “as soluções se podem encontrar pelo permanente equilíbrio dos contraditórios”.

Entre 2002 e 2012 cumpriu dez anos como presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo sucedido por Artur Santos Silva, em  Maio de 2012.

No mesmo ano foi anunciado como presidente do Conselho de Administração e, simultaneamente, CEO da REN.

Recebeu várias condecorações, entre as quais a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

É esta personalidade, com uma história rica de experiências, como gestor, político e homem de Cultura, que poderemos ouvir na Sala da Biblioteca do Grémio Literário, num jantar-debate que promete uma reflexão e participação alargadas.

Inscrições: 213 466 722 ou tferreiragomes@cnc.pt

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