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“Que Portugal na Europa, que futuro para a União?”

No próximo dia 27 de outubro (quinta-feira), Guilherme d’Oliveira Martins é o orador-convidado do ciclo de jantares-debate.

O segundo jantar-debate do novo ciclo “Que Portugal na Europa, que futuro para a União?” contará com a participação de Guilherme d’Oliveira Martins como orador – convidado. Será a 27 de outubro, na Biblioteca do Grémio Literário, promovido pelo Clube Português de Imprensa, em parceria com o Centro Nacional de Cultura e o próprio Grémio Literário.

Guilherme d’Oliveira Martins, atualmente administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, e que sucedeu a Helena Vaz da Silva na dinamização do Centro Nacional de Cultura, tem uma vida pública repartida por destacadas funções, quer enquanto governante ou, mais recentemente, como presidente do Tribunal de Contas, onde se distinguiu por uma intervenção rigorosa e atempada.

 

Quem o conhece de perto, acha-o um católico tranquilo, com um temperamento conciliador, mais propenso à inclusão do que à exclusão. Disse um dia, numa entrevista mais intimista, que “às vezes olho para mim e digo que foi bom como que viver várias vidas”.

Sobre a sua atividade política não esconde o que pensa. “Entendi sempre – disse nessa entrevista – que a vida política deve decorrer da responsabilidade cívica. Recusei uma carreira política porque entendo que a independência de quem está na vida política é muito importante (…) A política profissional tem um terrível inconveniente: a dependência. Nunca me passou pela cabeça ter uma carreira política como profissional, por isso tive sempre a universidade e a carreira de jurisconsulto. Disse que continuava a ser um jurista no ativo. É importante para o meu próprio equilíbrio”.

Nascido em Lisboa, a biografia pública de Guilherme d’Oliveira Martins é extensa e invulgar. Licenciado em Direito e mestre em Ciências Jurídico-Económicas, foi assistente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, de 1977 a 1985, consultor jurídico dos Ministérios das Finanças e da Indústria e Comércio, entre 1975 e 1986, e diretor dos Serviços Jurídicos da Direção-Geral do Tesouro. Foi também professor auxiliar convidado na Universidade Internacional, em Lisboa.

Cedo se interessou pela política, tendo sido membro fundador da Juventude Social Democrata, logo em 1974, e secretário-geral adjunto do Partido Popular Democrático, sendo líder Francisco Sá Carneiro.

Abandonou o PSD em Abril de 1979, na cisão que deu origem à Ação Social Democrata Independente, acompanhando Joaquim Magalhães Mota, António Sousa Franco, Sérvulo Correia e outros. Iniciava, assim, a sua aproximação ao Partido Socialista.

Em 1980 tomou assento como deputado à Assembleia da República, já eleito pelo PS.
Mais tarde, envolveu-se na primeira candidatura presidencial de Mário Soares, como membro da Comissão Política e porta-voz do MASP . Com a vitória de Soares foi designado assessor político da Casa Civil do Presidente da República, função que desempenhou até 1991.

Porém, com a chegada de António Guterres ao governo, em 1995, Oliveira Martins foi chamado a ocupar, sucessivamente, os cargos de Secretário de Estado da Administração Educativa, e de ministro da Educação, da Presidência e das Finanças.

Foi presidente do Tribunal de Contas, entre 2005 e 2015 e, por inerência, do Conselho de Prevenção da Corrupção. Desde 2003 é professor catedrático convidado da Faculdade de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa e, desde 2008, também no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.

Personalidade profundamente dedicada à cultura, com vasta obra publicada em livro e dispersa em artigos regulares na Imprensa, Guilherme d’Oliveira Martins assumiu em 2003 a presidência do Centro Nacional de Cultura.

A 9 de outubro de 2015 foi cooptado como membro executivo do Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian, sucedendo a Eduardo Marçal Grilo.
Entre outros cargos de relevo que exerceu, contam-se os de presidente da SEDES e de vice-presidente da Comissão Nacional da UNESCO .

Foi agraciado com a Medalha de Grande-Oficial Ordem do Infante D. Henrique. É sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, membro efetivo da Academia de Marinha e Académico de Mérito da Academia Portuguesa da História. Em 2015, recebeu do Presidente da República, a condecoração, da Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.

É esta personalidade, com um excecional currículo, tanto na Cultura como na política, que se envolveu com entusiasmo neste projeto de ciclos de jantares-debate, desde o seu lançamento, que voltaremos ouvir na Sala da Biblioteca do Grémio Literário, sobre as perspetivas que se deparam para a União Europeia e para Portugal como parte dessa comunidade.

Data e hora: 27 de outubro, às 20h30

Local: Grémio Literário

Preço: 30€

Inscrições: tferreiragomes@cnc.pt

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