Património e Memória: Foz do Arelho

A relação de amizade entre o Conde Almeida Araújo, proprietário do “Facho Guest House” e Francisco de Almeida Grandella, o empresário filantropo que em finais do século XIX abria, em pleno Chiado, uns armazéns à francesa com o seu nome, marcaram para sempre a Foz do Arelho. O próprio Grandella era proprietário de um palácio debruçado sobre a lagoa de Óbidos, ao estilo neomanuelino muito ao gosto da época (hoje INATEL). Se esta casa era sinónimo de guarida segura para republicanos que conspiravam contra a monarquia, o cenário da Foz do Arelho era, por seu lado, o palco de glamourosas festas, banquetes e caçadas que ficaram 2.º Trimestre 2025 para a história, reportadas inclusive na imprensa local. Ainda hoje se fala dos mestres de falcoaria árabes, vestidos a rigor com as suas jelabas brancas, mandados vir por Grandella para caçar nas margens da lagoa, conferindo à Foz do Arelho um ambiente exótico. A verdade é que a influência destes ilustres foi marcante para a pequena vila. Entre outras histórias, fala-se dos jantares dos Makavenkos, um clube de amigos cuja divisa era “Honra, caridade e alegria”, que partilhavam o gosto pela arte e por saraus gastronómicos. O nosso almoço procurará ser uma recriação de uma dessas refeições, inspirado no Livro de Francisco de Almeida Grandella “Memórias e Receitas Culinárias dos Makavenkos”.

Guia: Helena Gonçalves Pinto
Horário: 8h30
Duração: dia inteiro
Limite: 35 pessoas
Local de encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da CML – Campo Grande, 25)
áudio-guia; transporte; almoço

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