Passeios de Outono CP/CNC
No âmbito de uma parceria já antiga entre a CP e o Centro Nacional de Cultura, terão início no próximo dia 25 de Setembro uma série de Passeios em que se utiliza o comboio como meio de transporte nas linhas de Sintra e Cascais.
Quintas e Parques, Centros Culturais e Museus destas duas emblemáticas vilas portuguesas fazem parte dos percursos que têm como objectivo a divulgação do património existente ao longo destas linhas suburbanas, enquanto se desfruta das mais recentes inovações em conforto e comodidade oferecidas pela CP.
Informações e Inscrições:
Centro Nacional de Cultura
Rua António Maria Cardoso, nº 68
1249-101 Lisboa
Tel: 213 466 722 Fax: 213 428 250
Email: aprista@cnc.pt
A) QUINTAS DE SINTRA > 25 de Setembro de 2004
Quinta das Sequóias / Quinta da Capela (só capela) / Quinta da Regaleira
São Quintas que, pelo seu valor histórico, paisagístico e/ou patrimonial merecem uma atenção cuidada, tendo em conta a qualificação de paisagem protegida, não só da serra como da própria vila.
As origens da Quinta da Regaleira remontam ao início do século XVII. Entre os seus proprietários, destaca-se Carvalho Monteiro (o Monteiro dos Milhões) que, com a ajuda do arquitecto Luigi Manini, dela fez reflexo do seu sentido de patriotismo, edificando um palacete em estilo neo-manuelino. Mas a Quinta encerra muito mais segredos, pois está repleta de símbolos mitológicos e esotéricos, estátuas de deuses, poços iniciáticos, jardins, grutas e todo um mundo aberto a descobertas e interpretações várias.
Ponto de Encontro: Estação do Rossio – 09h45m
Partida no Comboio das 10h12m
Duração: dia inteiro (almoço não incluído)
Transporte utilizado: Comboio e Autocarro
Preço: 25 €
B) PARQUES DE SINTRA > 02 de Outubro de 2004
Parque de Monserrate / Convento dos Capuchos
Em Monserrate o Palácio actual, de uma composição exótica oriental, é a transformação de um edifício construído no século XVIII que imitava um Castelo Medieval. Monserrate deve o nome a uma pequena Ermida ali edificada por Frei Gaspar Preto, em 1540.
Pertença da família Mello e Castro, foi alugada a Gerard DeVisme, no último quartel do século XVIII, que mandou erguer um palacete de sabor neo-gótico, posteriormente habitado pelo escritor inglês William Beckford. Votada ao abandono, a propriedade é adquirida, em 1856, por Francis Cook que, recorrendo aos serviços do Arquitecto James Knowles Jr., constroi um novo Palácio de traça orientalizanta, fazendo dele um verdadeiro testemunho da arquitectura romântica.
Este rico comerciante inglês mandou também plantar o Parque de Monserrate, concebido dentro do ambiente romântico, onde as plantas exóticas coabitam com a flora local, constituíndo hoje um importante museu botânico.
O Convento dos Capuchos, único no género, foi fundado em 1560 por D. Álvaro de Castro, em cumprimento de um voto de seu pai, o Vice-Rei da Índia D. João de Castro.
Neste espaço, onde a entrada se faz por entre dois enormes rochedos, a serra e a arquitectura confundem-se numa entrega total. Nele existe apenas o essencial à vida de alguns eremitas, nele perdurando toda uma filosofia de vida, que nos sobressalta pela sua estranha e plácida modéstia.
As suas exíguas celas, a Capelinha, o Refeitório, e outras dependências, implantadas na rocha e forradas a cortiça são exemplo bem marcante do humilde e austero quotidiano dos frades da Ordem de S. Francisco.
Ponto de Encontro: Estação do Rossio – 09h45m
Partida no Comboio das 10h12m
Duração: dia inteiro (almoço não incluído)
Transporte utilizado: Comboio e Autocarro
Preço: 48 €
C) OS PAÇOS DA LINHA DE CASCAIS > 09 de Outubro de 2004
Paço Real de Caxias / Palácio Marquês de Pombal (Oeiras)
A Real Quinta do Infantado não possui um Palácio de proporções magníficas. A grande surpresa para quem visita Caxias são os seus magníficos Jardins. Harmonizando a tradição italiana dos jardins em terraços e cascatas com a francesa dos jardins sistematizados de forma geométrica e a tradição da quinta portuguesa, os jardins de Caxias são um dos melhores exemplos ornamentais portugueses de arte da paisagem. Mas o interesse da Quinta da Cascata de Caxias não se resume apenas aos jardins, mas também ao programa decorativo do próprio espaço. As esculturas em terra-cota, da autoria de Machado de Castro, são da melhor escultura que se produziu em Portugal no séc. XVIII. Poderemos passear neste jardim observando os trabalhos de restauro das esculturas e reviver o ambiente programado pela etiqueta rigorosa típica da época.
O Palácio dos Marqueses de Pombal é um dos melhores exemplares da casa senhorial portuguesa do século XVIII. A tradição atribui o plano do edifício a Carlos Mardel. Neste palácio viveu o Conde de Oeiras, depois 1º Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo, Ministro todo-poderoso de D. José, que também aqui veraneou com a corte nos anos de 1775 e 1776. O exterior é característico do estilo pombalino e apresenta belos azulejos, nomeadamente na fachada dos torreões e nos terraços.
Ponto de Encontro: Estação do Cais do Sodré – 10h00
Partida no Comboio das 10h20m
Duração: dia inteiro (almoço não incluído)
Transporte utilizado: Comboio
Preço: 10,50 €
D) CASCAIS > 16 de Outubro de 2004
Museu Condes Castro Guimarães / Centro Cultural da Gandarinha
Aquando da sua inauguração, em 12 de Julho de 1931 foi-lhe dado o nome de Museu Biblioteca dos Condes de Castro Guimarães, por desejo expresso do seu fundador para desta forma incluir sua mulher, Ana de Castro Guimarães.
Na adaptação a Museu pretendeu manter-se o ambiente de uma casa habitada, valorizando, desta forma, a arquitectura interior e os motivos decorativos, integrando harmoniosamente as colecções artísticas legadas pelo benemérito e as que foram sendo adquiridas.
No parque circundante encontram-se dois painéis figurativos de azulejos do século XVIII atribuídos a Bartolomeu Antunes.
Na capela de S. Sebastião, do primeiro terço de seiscentos, antiga propriedade da cidadela hoje anexada ao Museu, podem observar-se notáveis azulejos portugueses revestindo a fachada, a nave e a capela- mor, do tempo da fundação. Já da primeira metade do século XVIII são os azulejos representando cenas da vida do Santo.
O Centro Cultural de Cascais surge na “Casa Cor de Rosa”. Antigo convento, de Nª. Sra. da Piedade datado do Século. XVI, foi mandado construir para acolher a ordem religiosa dos Carmelitas Descalços.
O Convento conheceu diversos proprietários, até ter sido adquirido pelo Visconde da Gandarinha em meados do Século XIX, que o doou à Câmara Municipal de Cascais. Em 1994, a autarquia decidiu recuperá-lo e transformá-lo no moderno Centro Cultural de Cascais. Inaugurado em Maio de 2000, esta obra é, acima de tudo, a concretização de um projecto que há muito se desejava para um edifício classificado como património arquitectónico, que durante muitos anos foi conhecido como “as casas velhas do Gandarinha”.
Ponto de Encontro: Estação do Cais do Sodré – 10h00
Partida no Comboio das 10h20m
Duração: dia inteiro (almoço não incluído)
Transporte utilizado: Comboio
Preço: 10 €
E) SINTRA MODERNA > 23 de Outubro de 2004
Sintra Museu de Arte Moderna / Centro Cultural Olga Cadaval
É hoje impossível percorrer todos os lugares com importância histórica e artística que se aglomeram em Sintra.
Esta proposta opta pelas intervenções contemporâneas recentemente inauguradas nesta região dos arredores de Lisboa: o Museu de Arte Contemporânea da colecção de Joe Berardo e o Centro Cultural Olga Cadaval.
Num curioso edifício de 1920, o Museu reúne, em permanência, uma importante colecção de arte internacional, a Collecção Bernardo. Nela estão representados os principais movimentos, correntes e linhas de investigação artística, com obras consideradas essenciais para a compreensão da história de arte internacional.
Inserido no “boom” da construção de cinemas em Portugal e após diversas alterações ao projecto original, o Cine Teatro Carlos Manuel foi construído em 1945, projecto da autoria do Arquitecto Joaquim Norte Junior. Não sendo a mais significativa obra deste arquitecto, foi considerada como representativa de um estilo modernista tardio com elementos Art Deco.
Tendo sido durante 40 anos um espaço representativo do quotidiano social e cultural de Sintra, o incêndio de 1985 viria a atingir não só o espaço físico mas também as reminiscências à retórica estética deste meio regional. As matineés carnavalescas e os concertos de Natal são apenas alguns dos exemplos das actividades que marcariam memórias deste teatro.
Ponto de Encontro: Estação do Rossio – 09h45m
Partida no Comboio das 10h12m
Duração: dia inteiro (almoço não incluído)
Transporte utilizado: Comboio
Preço: 15 €
