NOVA SÉRIE DE O TEMPO E O MODO (1969-1977) EM DVD-ROM
Trata-se de uma edição do Centro Nacional de Cultura, da Fundação Mário Soares e do Seminário Livre da História das Ideias – Centro de História da Cultura / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian. A 1ª série de O Tempo e o Modo encontra-se integralmente publicada em DVD-ROM desde 2007.
A segunda série de O Tempo e o Modo teve início em Novembro de 1969 e terminou em Setembro de 1977. Nos primeiros dois anos, a revista foi dirigida por João Bénard da Costa, a quem se seguiu, de 1972 a 1974, Luís Matoso. Após o 25 de Abril e até ao fim da publicação, Guerreiro Jorge foi quem assumiu a direcção. Salvo raras excepções os artigos não eram assinados, assumindo-se o princípio da responsabilidade redactorial colectiva. A partir de uma mesa redonda de balanço da revista, no nº. 78, identificam-se como redactores principais no início da série: Amadeu Lopes Sabino, Jorge de Almeida Fernandes, João Ferreira de Almeida, João Martins Pereira, Nuno Júdice e Luís Lobo. Em carta de leitor, no nº. 76, são ainda referenciados como redactores, Luís Filipe Sabino, Armando de Abreu, Arnaldo Matos, Fernando Pernes, José António Meireles, Luís Miguel Cintra e João César Monteiro.
A Nova Série foi apresentada como um projecto pensado e discutido a partir de um grupo de redactores da primeira série da revista, a que se juntaram novos colaboradores. Razões de vária ordem foram apontadas para a demarcação com o passado da revista, admitindo-se que dele só restava o nome, e assim, foi a ideia de ruptura que marcou os primeiros editoriais dirigidos aos leitores. Pretendia-se, não a segunda série de O Tempo e o Modo, mas uma nova série, leia-se uma nova revista.
No nº. 74, fundamentou-se a mudança por duas vias, a primeira, por comparação com o passado, e a segunda, pela necessidade política de novos métodos e objectivos para a revista. O argumento político foi assumido num sentido de totalidade, tudo é político desde a economia à cultura, revelando o propósito de um combate, em que se distinguia o regime (ditatorial) do sistema (capitalista), entendendo-se o primeiro como um dano colateral do segundo, e assumindo-se como prioridade política a sua denúncia através de exemplos e soluções alternativos.