NA MORTE DE EUSÉBIO
Na morte de Eusébio, recordamos os momentos de glória que a todos nos proporcionou. Ah, que entusiasmo! Que é a cultura senão a capacidade de nos apaixonarmos por todas as artes? Ah, que lembrança! Se vivesse, Ruy Belo escreveria uma ode extraordinária e nós, com ele, exultaríamos. Tóssan disse-o, como poucos, cheio de humor e de alegria. «E a bola coitada, rolava no verde / Rolava no pé, de cabeça em cabeça / A bola não perde um minuto sequer / zumbindo no ar, como um besoiro, / toda redonda, toda bonita, / vestida de coiro. / O árbitro corre, o árbitro apita / o público grita / Gooooolllllooooo!» É essa a magnífica recordação que fica. Ah, que saudade!
Guilherme d’Oliveira Martins