A apresentação do livro estará a cargo do Prof. Dr. Guilherme d’Oliveira Martins.
O testemunho de uma figura marcante da literatura e do mundo universitário português mas, também, a voz inquietante e inquietada de uma mulher católica num mundo em mudança. Um documento importante para observar, por um filtro diferente, muitas das mutações que marcaram a nossa realidade num passado próximo.
As memórias da grande Professora, Estudiosa da Literatura Portuguesa, Cidadã e Mulher que é Maria Vitalina Leal de Matos:
«Sempre me impressionou a diferença entre as pessoas que ouvem e as que não. Há aqueles que nos ouvem de tal maneira que compreendem até aquilo que nem chegámos a dizer. Todo o professor tem a experiência de alunos assim, que são uma bênção. Depois há aqueles que às vezes ouvem e aprendem. E há por fim os outros que, por mais que digamos e apelemos, percebemos como as nossas palavras escorrem por cima deles como por um oleado sem fissura. São surdos por convicção.»
Considerada a mais importante camonista viva
Maria Vitalina Leal de Matos foi professora da Faculdade de Letras de Lisboa, onde leccionou várias cadeiras de Literatura Portuguesa e de Teoria Literária, matérias com que está relacionada a sua produção ensaística. Vive em Lisboa e durante alguns anos habitou em Paris e em l’Aquila (Itália). Em 2009 publicou dois livros de poesia, Incandescências e Uma pequena voz (ed. Colibri), e um Guião para um espectáculo, A Paixão segundo Fernando Pessoa (na mesma editora). Estreou-se no romance com Camões, este meu duro génio de vinganças (Arcádia, Babel). Em 2013 publicou um livro de prosa poética, Prosas desfocadas (4 Águas ed.). Continua a escrever ensaio, poesia e romance.