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Lançamento de duas obras de José-Augusto França

“Lisboetas do Século XX” e “História da Arte Ocidental” da autoria de José-Augusto França serão apresentados dia 4 de Abril pelas 18h00, na Galeria Fernando Pessoa do CNC

Lançamento de duas obras de
José-Augusto França


04 de Abril, às 18h00
Galeria Fernando Pessoa

do Centro Nacional de Cultura
Largo do Picadeiro, 10 – 1º
(ao Chiado)


Lisboetas do Século XX
Livro apresentado por Profª. Raquel Henriques da Silva


José-Augusto França divide em três partes cronológicas – anos 1920, 40 e 60 – a sondagem feita a uma Lisboa de há poucas décadas. Num certo registo de divertimento a que nos habituou já em obras anteriores, o historiador, atento aos tempos e aos sítios, às pessoas e às imagens, descreve-nos as transformações de Lisboa – em urbanização e demografia –, o quotidiano da cidade nas pessoas dos seus habitantes, a (trasn)formação de classes sociais (“smart” em 1920, “jet set” em 1970…) com o declínio discreto de uma aristocracia com hábitos de vida herdados, a pequena e a alta burguesias emergentes a contrabalançar com o levantar dos bairros  sociais.


O autor apoiou-se em personagens e referências literárias de alguns escritores que criaram “lisboetas apropriados” – Luís Francisco Rebelo, André Brun, José Cardoso Pires, Luís Sttau Monteiro, João Ameal e outros – e pontuou sempre a sua pesquisa com a ilustração indirecta das sondagens feitas, através de fotos de imprensa ou arquivos, bem como de desenhos de humor. Stuart Carvalhais, Bernardo Marques, Carlos Botelho, Jorge Barradas, Almada Negreiros e o mais recente João Abel Manta são apenas alguns dos nomes pela mão de quem vamos nesta viagem intemporal a uma  Lisboa  de  outros  tempos.


História da Arte Ocidental
Obra apresentada por Prof. Doutor Rui Mário Gonçalves


«… Romantismos e simbolismos, naturalismos e realismos, processos mentais do cubismo e passionais do expressionismo, com suas consequências abstractizantes, enunciados conceptuais e propostas ou respostas físicas, formulações espaciais e simbólicas, sempre em termos de tradição e de inovação, se justapõem, sobrepõem ou contrapõem, de conjuntura em conjuntura, seguindo linhas estruturais que são também linhas de fractura. Em 2000, elas assumem-se em função de valores e de práticas opostas e utópicas que podemos já detectar em meados do século xviii. Isso dá a coerência necessária e possível a uma História da Arte (ou de outros objectos de civilização, muito provavelmente) da ‘época contemporânea’, nos espaços culturais do Ocidente.»


A «História da Arte Ocidental –1780-2000», há muito esgotada e agora reeditada com actualização até ao ano 2000, é uma obra única na bibliografia portuguesa onde há muito se fazia sentir a sua necessidade, no quadro do desenvolvimento actual dos estudos de história da arte.


José-Augusto França, doutorado em Letras e em história pela Universidade de Paris-Sorbonne, onde foi catedrático associado, é professor catedrático jubilado da Universidade Nova de Lisboa, no Departamento de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Membro português do Comité International d’Histoire de l’Art e presidente honorário da Association Internationale des Critiques d’Art, antigo presidente da Academia Nacional de Belas Artes e do Instituto de Cultura Portuguesa, é autor de uma vasta bibliografia especializada, publicada, ao longo de quarenta anos, em Portugal, em frança, em Itália e em Espanha, sobre o período artístico coberto por esta obra.

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