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JÚLIO POMAR – SEMPRE!

Júlio Pomar (1926-2018) é uma referência maior da cultura portuguesa de sempre. Está tudo dito aqui. As palavras têm de escassear porque tornam-se inúteis.

Pode dizer-se que a na sua obra aliou a consciência social e uma fulgurante capacidade criadora. Aí esteve o seu equilíbrio critico e inovador. Costumava, por isso, dizer que recusava a facilidade e que o seu trabalho era sempre o resultado de um esforço permanente para contrariar o lugar-comum. Trabalhou sempre até nos deixar. Olhemos as suas diversas fases – aí está sempre a cor, o movimento, a busca da cultura como realidade viva e mutante.

Acreditava numa sociedade em que a beleza e a humanidade se pudessem completar.

Os seus diálogos com Helena Vaz da Silva são emocionantes e devem ser recordados.

Amigo de sempre do Centro Nacional de Cultura – nunca o esqueceremos.

A sua obra não deixará de nos levar pela lembrança ao génio!

Enviamos à família a nossa maior amizade!

Notas Biográficas  (in Rádio Renascença)

Júlio Pomar estudou na escola de artes decorativas António Arroio, onde foi colega de artistas e escritores como Marcelino Vespeira, Mário Cesariny de Vasconcelos, Fernando de Azevedo, Pedro Oom, José Gomes Pereira e Artur Cruzeiro Seixas.

Também passou pelas escolas de Belas Artes de Lisboa e Porto, mudando-se para Paris em 1963. Vinte anos depois regressaria a Lisboa, e passou a dividir a vida e o trabalho artístico entre as duas cidades.

Tornou-se um dos artistas mais conceituados do século XX português, com uma obra marcada por várias estéticas, do neorrealismo ao expressionismo e abstracionismo, e uma profusão de temáticas abordadas e de suportes artísticos experimentados.

A obra foi dedicada sobretudo à pintura e ao desenho, mas realizou igualmente trabalhos de gravura, escultura e ´assemblage´, ilustração, cerâmica e vidro, tapeçaria, cenografia para teatro e decoração mural em azulejo.

Em 2004, foi condecorado pelo então Presidente da República Jorge Sampaio com a Ordem da Liberdade.

Em 2013, abriu o Atelier-Museu Júlio Pomar, instalado num edifício em Lisboa, perto da residência do artista, com um acervo de cerca de 400 obras.

As obras, doadas pelo artista à Fundação Júlio Pomar, incluem pintura, escultura, desenho, gravura, cerâmica, colagens e ‘assemblage’.

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