Entre os grandes mitos europeus, Don Juan, Orfeu, Don Quijote, etc., Fausto é aquele que – paradoxalmente – mais “reencarnações” musicais suscitou. Na verdade, desde Dr.Faustus, escrito por Christopher Marlowe (1594), ao Doktor Faust composto por Busoni, já em pleno século XX, muitas foram as versões literárias e musicais do mito.
O mito faustiano actualiza, sintetiza e simboliza, incessantemente, a essência de um
devir da Cultura Ocidental. Essa influência plasma-se nas constantes adaptações e leituras do
mesmo já durante a segunda metade do século XX e neste inicio de XXI, pela mão de compositores como York Höller, Giacomo Manzoni, Alfred Schnittke, John Adams, Pascal Dusapin e Phlippe Fénelon.