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HAROLD PINTER > PRÉMIO NOBEL DE LITERATURA DE 2005

O britânico Harold Pinter é o vencedor do Prémio Nobel de Literatura de 2005.

HAROLD PINTER 
PRÉMIO NOBEL DE LITERATURA DE 2005



O britânico Harold Pinter é o vencedor do Prémio Nobel de Literatura de 2005.
Pinter foi premiado por “obras nas quais descobre o precipício no balbuciar cotidiano e as forças que entram na opressão dos espaços fechados”.
O prémio, de 1,1 milhão de euros, será entregue, junto com os demais prémios, em 10 de Dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel.



Nascido em 1930, Harold Pinter começou por ser actor (com o nome David Baron) e em 1957 escreveu a sua primeira peça, THE ROOM. Autor fundamental do teatro contemporâneo, encenou e representou em algumas das suas mais de trinta peças, que foram traduzidas e encenadas por todo o mundo. Escreveu também para rádio, televisão e cinema, onde é difícil esquecer a colaboração com Joseph Losey. Recebeu já diversos prémios e distinções: recentemente, o título de Companion of Honour da Rainha.
O seu site é o www.haroldpinter.org.


Os Artistas Unidos realizaram um ciclo com a obra de Harold Pinter durante as temporadas de 2001/2/3. Na ocasião a editora Relógio d´Água publicou dois volumes com as peças mais importantes do autor.


Não sei resumir nenhuma das minhas peças. Não sei descrever nenhuma. Só sei dizer foi isto o que aconteceu, foi isto o que disseram, foi isto o que fizeram.
Harold Pinter


As personagens de Pinter exprimem exactamente aquilo que lhes vem à mente e muitas vezes emerge directamente do inconsciente. Pode acontecer que isso nada tenha a ver com a acção ou com o que acaba de dizer a outra personagem. Para dizer a verdade, não há diálogo. As personagens de Pinter só se revelam aos poucos e de uma maneira incompleta: esse é o trabalho do actor.
Mervyn Jones


“As suas palavras não dizem o que dizem, dizem mais. O enigma é muito interessante porque está bem perto da verdade da vida.”
Claude Régy àcerca de Harold Pinter


“O teatro de Harold Pinter revela um universo singular, cómico e aterrador, feito de sub-entendidos, mal-entendidos ou puros equívocos. Nele observa-se, como se fosse ao microscópio, personagens que vegetam confusamente, de quem quase nada se sabe e que, de repente, explode num confronto em que as palavras são armas mortais. Estamos no reino do falso para se atingir uma verdade que é ainda mais falsa. As perguntas que se colocam não são aquelas que nos vêm à cabeça e a resposta, ou a recusa de responder limita-se a aumentar o abismo da incompreensão. O pudor torna-se violência, o sorriso ameaça, o desejo impotência, a vitória desfaz-se.”
Eric Kahane


Peças
The Room (1957)
The Birthday Party (1957) estreada em Lisboa em 1967 com o titulo Feliz Aniversário e tradução de Artur Ramos e Jaime Salazar Sampaio, encenação de Artur Ramos no Teatro Avenida (Companhia Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro) com Sinde Filipe, Josefina Silva, Paiva Raposo, Hermínia Tojal; The Dumb Waiter (1957) estreada em Lisboa em 1962 com o título O Monta Cargas com encenação de Jacinto Ramos e tradução Luis de Sttau Monteiro (na Guilherme Cossoul) com Carlos Néry e Filipe Ferrer. Estreada pelos Artistas Unidos a 24 de Outubro no Festival de Portalegre com o título O Serviço, em tradução de João Saboga e Pedro Marques, um trabalho de Vítor Correia e João Saboga.
A Slight Ache (1958)
The Hothouse (1958) estreada em Lisboa em 2001 com o título Câmara Ardente com encenação de Graça Correia no Teatro Paulo Claro (Artcom) com António Rama, Elsa Galvão, António Filipe, Pedro Matos, Carlos Aurélio e Gonçalo Portela.
The Caretaker (1959) estreada em Lisboa em 1967 com o título O Porteiro com tradução e encenação de Jorge Listopad (no Teatro Tivoli) cenofragia de João Vieira e com Augusto de Figueiredo, Jacinto Ramos e Henrique Viana. Os Artistas Unidos apresentam uma nova tradução de Francisco Frazão, O Encarregado e estreiam o espectáculo na Culturgest com encenação de João Meireles e interpretação de Américo Silva, Jorge Silva Melo e José Airosa.
A Night Out (1959)
Night School (1960)
The Dwarfs (1960)
The Collection (1961) estreada em Lisboa em 2002 com o título A Colecção com tradução de Pedro Marques, encenação de Artur Ramos, cenografia de José Manuel Castanheira e interpretação de Teresa Sobral, Manuel Wiborg, Jorge Andrade e Nuno Melo, uma produção Actores Produtores Associados / Artistas Unidos / Centro Cultural de Belém.
The Lover (1962) Foi estreada em Portugal em 1992 numa tradução, encenação e interpretação de Diogo Infante na Sala Experimental do Teatro da Trindade.
O AMANTE com tradução de Pedro Marques estreou em 19 de Janeiro de 2002 no Pequeno Auditório do Rivoli (Porto) – com Gracinda Nave, Marco Delgado e Pedro Carraca, encenação de Jorge Silva Melo com a colaboração de Pedro Marques – uma produção Artistas Unidos / Culturporto Tea Party (1964) The Homecoming (1964) The Basement (1966) Landscape (1967) Silence (1968) Old Times (1970) estreada em 12/10/78 com tradução de Ricardo Alberty e encenação de Carlos Quevedo com Catarina Avelar, Fernando Curado Ribeiro e Graça Lobo. Espectáculo de inauguração da Sala Experimental do Teatro Nacional D. Maria II. E estreada em Lisboa em 2002 com o título Há Tanto Tempo com tradução Jorge Silva Melo, encenação de Solveig Nordlund, cenografia de Rita Lopes Alves e José Manuel Reis e interpretação de Isabel Muñoz Cardoso, Margarida Marinho e Nuno Melo, uma produção Solveig Nordlund / Artistas Unidos / Centro Cultural de Belém.
Monologue (1972) estreado na Comuna em 1996. Interpretação Victor Soares. Enc. Álvaro Correia No Man’s Land (1974) Betrayal (1978) estreada com o título Traições em tradução de Berta Correia Ribeiro e encenação de João Vieira com Lia Gama, Mário Jacques e Filipe Ferrer (Cinema Quarteto) E em 2002, encenação de Solveig Nordlund, cenografia de Rita Lopes Alves e José Manuel Reis e interpretação de Gracinda Nave, Marco Delgado e Rogério Samora, uma produção Solveig Nordlund / Artistas Unidos / Centro Cultural de Belém.
Family Voices (1980)
Victoria Station (1982)
A Kind Of Alaska (1982)
One For The Road (1984) estreada com o título Um Para O Caminho em 2002, com tradução e encenação de Pedro Marques, cenografia de Rita Lopes Alves e José Manuel Reis e interpretação de Joana Bárcia, João Dourado Santos, José Airosa e Jorge Silva Melo.
Mountain Language (1988)
The New World Order (1991) estreada na Comuna em 1996. Interpretação de Álvaro Correia, Alfredo Brissos e Victor Soares.
Party Time (1991)
Moonlight (1993)
Ashes To Ashes (1996) estreada n´a Capital com o título Cinza às Cinzas em tradução de Paulo Eduardo Carvalho e interpretação de Rosa Quiroga e João Cardoso (uma produção Assédio / AU / Rivoli) Celebration (1999) Remembrance Of Things Past (2000)


Sketches:
The Black and White (1959) estreado em Julho de 2001 pelo grupo Cão Solteiro (enc.: Nuno Carinhas) integrado no espectáculo Problemas.
Trouble in the Works (1959) estreado em Julho de 2001 pelo grupo Cão Solteiro (enc.: Nuno Carinhas) integrado no espectáculo Problemas.
Last to Go (1959) estreado em Julho de 2001 pelo grupo Cão Solteiro (enc.: Nuno Carinhas) integrado no espectáculo Problemas.
Request Stop (1959)
Special Offer (1959)
That’s Your Trouble (1959)
That’s All (1959) estreado em Julho de 2001 pelo grupo Cão Solteiro (enc.: Nuno Carinhas) integrado no espectáculo Problemas.
Interview (1959)
Applicant (1959)
Dialogue Three (1959)
Night (1969)
Precisely (1983) estreado na Comuna em 1996. Interpretação de Álvaro Correia e Alfredo Brissos. Encenação de Álvaro Correia Press Conference (2002) estreado no National Theatre em Londres em 8 de Fevereiro 2002 pelo próprio Harold Pinter e lido por Joana Bárcia e Jorge Silva Melo na mesma noite no Teatro Paulo Claro em tradução de Pedro Marques e com o título Conferência de Imprensa. E esteve na origem do espectáculo Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices.


Filmes a partir das suas peças:
The Caretaker (1962) realização de Clive Donner; The Birthday Party (1967) realização de William Friedkin; The Homecoming (1969), realização de Peter Hall., Betrayal (1981) realização de David Jones. É autor de vários argumentos para o cinema, entre os quais de The Pumpkin Eater (1963) realização de Jack Clayton; The Servant (1963) realização de Joseph Losey ; The Quiller Memorandum (1965) realização de Michael Anderson, Accident realização de Joseph Losey (1966); The Go-Between Accident realização de Joseph Losey A La Recherche Du Temps Perdu (1972) para Joseph Losey (não filmado e adaptado ao teatro em 2000) The Last Tycoon (1974) realização de Elia Kazan; The French Lieutenant’s Woman realização de Karel Reisz (1980); The Comfort Of Strangers (1989) realização de Paul Schrader.


Encenou muitas das suas peças:
The Collection (com Peter Hall) (1962);
The Lover e The Dwarfs (1963);
The Birthday Party (1964);
Hothouse (1980);
Party Time e Mountain Language (1991);
The New World Order (1991);
Landscape (1994);
Ashes To Ashes (1996);
Celebration e The Room (2000);
No Man´s Land (2001);


Encenou peças de James Joyce (Exiles ), Simon Gray (Butley, Otherwise Engaged, The Rear Column, Close Of Play, Quartermaine’s Terms, The Common Pursuit, Life Support, The Late Middle Classes, The Old Masters), Robert Shaw (The Man In The Glass Booth); William Archibald (The Innocents); Noel Coward (Blithe Spirit); Robert East (Incident At Tulse Hill); Jean Giraudoux (The Trojan War Will Not Take Place); Tennessee Williams (Sweet Bird Of Youth); David Mamet (Oleanna); Ronald Harwood (Taking Sides); Reginald Rose (Twelve Angry Men).


Realizou, para televisão, vários textos de Simon Gray. Do mesmo autor realizou Butley.


A Revista Artistas Unidos nº 7 contém um dossiê temático relativo a Pinter, bem como os textos Conferência e O Exame.
A Revista Artistas Unidos nº8 tem publicado o texto Câmara Ardentee um dossiê temático relativo ao autor.
Por iniciativa dos Artistas Unidos, a Relógio d`Água publicou o Teatro Completo de Harold Pinter, em dois volumes.


Nos Artistas Unidos:
2001 O SERVIÇO um trabalho de João Saboga e Vítor Correia (A Capital Teatro Paulo Claro).
2002 O AMANTE encenação de Jorge Silva Melo (A Capital Teatro Paulo Claro); UM PARA O CAMINHO encenação de Pedro Marques (A Capital Teatro Paulo Claro); CINZA ÀS CINZAS encenação de Rosa Quiroga e João Cardoso (A Capital Teatro Paulo Claro); TRAIÇÕES encenação de Solveig Nordlund (CCB); HÁ TANTO TEMPO encenação de Solveig Nordlund (CCB / CAM – Acarte); A COLECÇÃO encenação de Artur Ramos (CCB); O ENCARREGADO encenação de João Meireles (Culturgest)
2003 VICTORIA STATION um trabalho de Rogério Vieira e António Simão (Teatro Taborda).
2005 CONFERÊNCIA DE IMPRENSA E OUTRAS ALDRABICES de Harold Pinter, Antonio Tarantino, Arne Sierens, Antonio Onetti, Davide Enia, Duncan McLean, Enda Walsh, Finn Iunker, Irmãos Presniakov, Jon Fosse, José Maria Vieira Mendes, Jorge Silva Melo, Juan Mayorga, Letizia Russo, Marcos Barbosa, Miguel Castro Caldas, Spiro Scimone, uma canção de Boris Vian e outros ainda. A NOVA ORDEM MUNDIAL de Harold Pinter (Teatro Taborda)


Texto gentilmente cedido por Artistas Unidos
www.artistasunidos.pt
 

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