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ELISABETH SCHWARZKOPF (1915-2006)

A soprano alemã Elisabeth Schwarzkopf morreu na sua casa de Schruns (Áustria) no dia 2 de Agosto.

ELISABETH SCHWARZKOPF
(1915-2006)



A soprano alemã Elisabeth Schwarzkopf morreu na sua casa de Schruns (Áustria) no dia 2 de Agosto.
Era, com Maria Callas, uma das maiores referências da ópera do século XX.
Foram memoráveis os desempenhos em papéis como os de D. Elvira (D. Giovanni), da Condessa de Almaviva (Bodas de Figaro), de Fiordiligi (Cosi fan tutte), de Pamina (Flauta Mágica), da Condessa Madalena (Capriccio) ou o do monólogo de Marschallin (Cavaleiro da Rosa).
Não é, aliás, possível compreender a evolução da ópera contemporânea sem ouvir os extraordinários desempenhos de Schwarzkopf, em especial nas referidas personagens.
A soprano estreou-se em 1938 no Parsifal de Richard Wagner. Era extremamente exigente consigo mesma, tendo, por exemplo, deixado de representar a personagem Violetta (Traviata) quando ouviu e viu o desempenho de Maria Callas, que considerou insuperável.
Uma das suas gravações míticas é a do “Cavaleiro da Rosa” em 1952, no Scala de Milão, sob a direcção de Herbert von Karajan.
A última vez que Elisabeth Schwarzkopf esteve em Lisboa foi em Janeiro de 1974 numa récita de lieder no Teatro Nacional de S. Carlos. Aliás, no canto do “lied” a cantora foi única, tendo celebrizado Hugo Wolf, além dos clássicos de Schubert, Brahms, Strauss e Mahler.
A Inglaterra foi o seu país de adopção, pelo casamento com Walter Legge (falecido em 1979), tendo a Rainha Isabel II nomeado a cantora como Dama em 1992, reconhecimento indiscutível que minorou as críticas à complacência de Schwarzkopf durante o nazismo. Há, no entanto, unanimidade sobre o fantástico talento da soprano e sobre o seu papel essencial na afirmação da cultura europeia no século XX.

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