A conferência que proferiu na Fundação Gulbenkian, com a sala totalmente cheia e a necessidade de encher outra sala com transmissão vídeo, foi plena de interesse e atualidade – ligando o mundo da vida, o pensamento filosófico, a compreensão do amor e da morte e a exigência de compreensão da complexidade no mundo global. A cultura da paz exige conhecimento e compreensão, bem como combate ao erro da simplificação e do imediatismo.
Com especial emoção Edgar Morin recordaria o momento em que veio pela primeira vez a Portugal, no início dos anos sessenta, a convite de António Alçada Baptista e da revista “O Tempo e o Modo”. Recordou ainda a profunda saudade que sente de João Bénard da Costa, Helena e Alberto Vaz da Silva – e a sua participação no projeto “Raiz e Utopia”. Inesperadamente, Edgar disse que ponderava seriamente a possibilidade de vir para Portugal, tão grandes e significativas são as suas relações com o mundo da língua portuguesa.