Anselmo José Braancamp foi definido no «Álbum das Glórias» de Rafael Bordalo Pinheiro como «de vidro» – por ser macilento, com ar branco e doentio, mas sobretudo por ser transparente e seriíssimo.
Um dia, sendo Anselmo José ministro da Fazenda, o Tesouro foi chamado a pagar uma importante amortização da dívida pública, para que não havia disponibilidades de caixa.
Perante tão séria dificuldade, envidaram-se os mais diversos procedimentos, mas sem sucesso. Como pagar?
Então, o ministro solveu do seu próprio bolso a amortização em falta – no que correspondeu inteiramente à fama que tinha ganho de político impoluto e de cidadão exemplar…
DIÁRIO DE AGOSTO
por Guilherme d’Oliveira Martins
26 de agosto de 2017