Foi uma comissão constituída por Columbano Bordalo Pinheiro, João Chagas, Abel Botelho, Ladislau Parreira e Afonso Palla que propôs a bandeira que temos.
O verde e o vermelho (a esperança e o sangue dos heróis) foram as cores adotadas pelo Partido Republicano Português e desde pelo menos a revolução do Porto de 31 de janeiro de 1891 simbolizaram a sua causa. O decreto de 19 de junho de 1911 adotou a bandeira nacional, instituindo como feriado nacional 1 de dezembro, dia da bandeira.
O retângulo bipartido verticalmente em duas cores fundamentais vermelho e verde estivera na Rotunda e na Praça do Município a 5 de outubro de 1910 – ainda que o vermelho estivesse junto da tralha. Guerra Junqueiro defendeu que a bandeira fosse azul e branca, na tradição liberal do constitucionalismo de D. Pedro IV – mas o seu ponto de vista não foi adotado.
No centro da bandeira encontra-se a esfera armilar de D. Manuel I, os castelos de D. Afonso III e ao centro as cinco quinas de D. Afonso Henriques, a invocar a Batalha de Ourique, representando de modo inequívoco a tradição histórica de Portugal.
O verde adotado, na linha da dinastia de Aviz e dos símbolos de D. Manuel, foi o esmeralda e não o verde escuro proposto por Columbano e aprovado pela comissão… No entanto, as tintureiras da Cordoaria Nacional não encontraram o verde escuro e ficou o esmeralda. Columbano comentou: – Não ficou como eu desejava, tenho pena…
DIÁRIO DE AGOSTO por Guilherme d’Oliveira Martins 10 de agosto de 2017 |