Neste Dia Mundial da Poesia de 2014, na celebração dos 40 anos da Democracia em Portugal, Sophia de Mello Breyner Andresen é a escolha certa e oportuna. Nela a poesia e a cidadania andaram necessariamente ligadas. Não esquecemos a sua generosidade exigente no apoio aos jovens poetas. E todos sabem como Sophia pôs sempre nesse acompanhamento o rigor, o talento e a recusa da vulgaridade. Com Francisco Sousa Tavares, no Centro Nacional de Cultura criou um ponto de encontro e de diálogo no qual a língua, a leitura e a literatura se articularam naturalmente com a responsabilidade cívica e com a dignidade do ser. No apoio aos presos políticos foi incansável, inteligente, discreta e persistente. Vimo-la, por isso, em Caxias no dia em que saíram os que estavam ilegitimamente privados de liberdade. Hoje, ao recordar o seu exemplo, lembramos a força serena da palavra. Maria Andresen de Sousa Tavares falar-nos-á das Actas do Congresso que organizou com o CNC e José Manuel dos Santos dir-nos-á da justiça da decisão de transladar Sophia para o Panteão Nacional, em honra da democracia.
DIA MUNDIAL DA POESIA
dia 21 de março às 18h30 na Livraria Bertrand Chiado. Organização: CNC/Bertrand
19 Março, 2014
|