Nenhuma época transmite a outra a sua sensibilidade; transmite-lhe apenas a inteligência que teve dessa sensibilidade. Pela emoção somos nós; pela inteligência somos alheios. A inteligência dispersa-nos; por isso é através do que nos dispersa que nos sobrevivemos. Cada época entrega às seguintes apenas aquilo que não foi.”
Ambiente, Álvaro de Campos (1927)
Eduardo Lourenço, no Encontro “Os jovens e a Cultura na Europa do Futuro”, em 1989, comenta a citação de Álvaro de Campos afirmando que Uma geração não tem muito a dizer à que se lhe segue. O que ela tem a dizer somente pode ser ouvido muito mais tarde, quando a mensagem for inteiramente inútil.
É sobre a juventude e o futuro na região Euro-Med que conversaremos no dia 26 de junho, às 15h00, no Centro Nacional de Cultura, com Guilherme d’Oliveira Martins, Miguel Real e Paulo de Almeida Sande.
A Fundação Euro-Mediterrânica Anna Lindh (FAL) é partilhada por 42 países da região e tem como missão promover o diálogo intercultural e o conhecimento mútuo entre pessoas e sociedades das margens Sul e Norte do Mediterrâneo.
A Rede Portuguesa foi formada em 2005 em simultâneo com a criação da própria Fundação Anna Lindh. Cresceu das iniciais 11 para 50 organizações, alargando as áreas de intervenção, consolidando pouco a pouco a noção de “rede” entre os seus membros e procurando novas formas de intervenção para disseminar os valores e objetivos FAL. O Centro Nacional de Cultura é o coordenador da Rede Portuguesa da Fundação Anna Lindh desde 2014.