C U R S O S L I V R E S
4º Trimestre de 2004
I – EM DEMANDA DO GÓTICO
Símbolo e Interpretação da Arquitectura na Europa das Luzes e do Romantismo
Um novo sentido da História leva o Homem a procurar as origens da civilização europeia entre o modelo greco-latino, ao gosto da razão iluminista e a unidade do cristianismo como alternativa. A Idade Média, na perspectiva legítima da continuidade histórica, surge, contra a Antiguidade Clássica, como a época de ouro da unidade e pureza do Cristianismo, enquanto o desejo de construir um conjunto de obras de arte identificadas com a religião cristã leva, em detrimento das ordens clássicas, à gradual aproximação do gótico.
A par do contributo literário, o gótico recebeu uma componente arqueologista de procura e recolha de elementos medievais, sentida a partir da segunda metade do século XVII. Será, contudo, em meados da centúria seguinte, que a actuação de um grupo de intelectuais dedicados, em simultâneo, à literatura e à arqueologia, faz nascer o movimento do gothic revival. Portugal foi, indirectamente, um interveniente importante neste contexto de reflexão e debate, quando os seus monumentos medievais servem de estudo e argumento a arquitectos, antiquários e escritores estrangeiros, nomeadamente ingleses, que os visitam em busca da consolidação teorética. Os mosteiros de Alcobaça e da Batalha, ou a então recente solução do aqueduto de Lisboa com uma imponente e sugestiva sucessão de arcos quebrados entusiasmavam os viajantes ingleses, com destaque para os arquitectos Thomas Pitt e James Murphy e o literato e diletante William Beckford. O que descrevem e desenham de Portugal tem um papel significativo no desenvolvimento do gothic revival numa Europa a caminho do Romantismo.
Temas:
Em busca das origens civilizacionais da Europa: o mundo greco-latino e a unidade do Cristianismo. A redescoberta do Gótico
Os viajantes ingleses e a nossa arquitectura gótica: os Mosteiros de Alcobaça e da Batalha
A revivência do arco quebrado: os casos do Aqueduto das Águas Livres de Lisboa e do Palácio de Monserrate em Sintra
A discussão em torno das origens do gótico: formas, símbolos e interpretações
Haverá visitas ao Aqueduto das Águas Livres e Monserrate e Alcobaça / Batalha
Coordenação: Glória Azevedo Coutinho
Horário: segundas-feiras, das 18h30 às 20h
Duração: 6 sessões, iníco a 15 de Novembro
II – A SIMBÓLICA DOS TOUROS
Este Curso aborda uma das relações mais complexas dos Homens com os outros animais desde o tempo das cavernas ao actual. Nas sociedades a verticalidade do homem e a sua inteligência é o oposto da força física do touro e das suas maiores dimensões horizontais.
Temas:
O touro bravo: as suas origens
O touro como animal divino e demoníaco
As touradas. Praças célebres. Toureiros famosos. Touros e sua história
Diferenças entre vários tipos de touradas
As relações entre as touradas e a caça, o box, os combates de galos, de cães, a luta livre e outras diversões violentas, incluindo, algumas vezes, o futebol
O fado e as touradas; o touro nas artes plásticas, na música, no canto e na escrita
As organizações contra a violência nos animais
Haverá um fadista convidado para os fados cuja temática são os touros.
Coordenação: Armando Santinho Cunha
Horário: quartas-feiras, das 18h30 às 20h
Duração: 6 sessões – início a 20 de Outubro
III – RAÍZES DO ESOTERISMO
Raízes arcaicas do Esoterismo Ocidental: das Religiões de mistérios à Gnose e ao Hermetismo, incluindo Orfismo, Pitagorismo, Neo-platonismo, Essénios/Manuscritos do Mar Morto, Evangelhos Gnósticos / Biblioteca de Nag-Hammadi.
Coordenação: José Manuel Anes
Horário: terças-feiras, das 18h30 às 20h
Duração: 8 sessões – início a 26 de Outubro
IV – INICIAÇÃO À GRAFOLOGIA
A análise da escrita permite ao grafólogo detectar o temperamento e o carácter à nascença (o “dado” freudiano), as reacções afectivas provocadas pela relação da criança com os pais até aos nove anos (o “vivido”) e o percurso até ao presente (o “adquirido”). São, assim, a essência da pessoa e a sua biografia que se inscrevem num simples manuscrito assinado.
A grande originalidade da grafologia provém de a escrita, além de revelação do temperamento e do carácter, ser também uma projecção afectiva, uma linguagem simbólica do inconsciente que nela se exprime tão naturalmente como nos sonhos.
A grafologia, enriquecida com a caractereologia e com as descobertas sobre o inconsciente, completada com a morfo-psicologia, será sem dúvida uma disciplina relevante na psicologia do século XXI.
Coordenação: Alberto Vaz da Silva
Horário: quartas-feiras, das 18h30 às 20h
Duração: 14 sessões – início a 20 de Outubro
V – HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DE PORTUGAL II
O segundo curso sobre História Contemporânea de Portugal abordará a evolução da sociedade portuguesa a partir da criação literária, artística e do pensamento político. Assim, procuraremos fazer uma peregrinação entre 1820 e 1990 olhando a cultura portuguesa como um fenómeno de diálogo permanente entre as circunstâncias económicas e políticas, sociais e culturais, na Europa e no Mundo…
Coordenação: Guilherme d’Oliveira Martins
Horário: sextas-feiras – das 18h30 às 20h
Duração: 6 sessões – início a 22 de Outubro
Informações e Inscrições:
CENTRO NACIONAL DE CULTURA
Rua António Maria Cardoso, 68 1249-101 LISBOA
Tel. 213 466 722, Fax: 213 478 654, email: aprista@cnc.pt