I – Em Demanda do Gótico
Símbolo e Interpretação da Arquitectura na Europa das Luzes e do Romantismo
Um novo sentido da História leva o Homem a procurar as origens da civilização europeia entre o modelo greco-latino, ao gosto da razão iluminista e a unidade do cristianismo como alternativa. A Idade Média, na perspectiva legítima da continuidade histórica, surge, contra a Antiguidade Clássica, como a época de ouro da unidade e pureza do Cristianismo, enquanto o desejo de construir um conjunto de obras de arte identificadas com a religião cristã leva, em detrimento das ordens clássicas, à gradual aproximação do gótico.
A Inglaterra, onde a persistência de uma velha tradição construtiva medieval se mantinha, cultivou nos seus círculos eruditos o interesse crescente por este estilo. Esta atitude combinava com o amor pelo pitoresco e pelo bucolismo da natureza no estímulo da criatividade de poetas e escritores. Estes compunham baladas e novelas de inspiração medieval, com cenários povoados de castelos e igrejas góticas, de sublime melancolia ou de um heroísmo místico. A par do contributo literário, o gótico recebeu uma componente arqueologista de procura e recolha de elementos medievais, sentida a partir da segunda metade do século XVII. Será, contudo, em meados da centúria seguinte, que a actuação de um grupo de intelectuais dedicados, em simultâneo, à literatura e à arqueologia, faz nascer o movimento do gothic revival. Sucedem-se, então, à sombra das sociedades eruditas e dos centros universitários, debates sobre as origens e evolução do estilo gótico, promovendo-se gradualmente o estudo de construções medievais com base em levantamentos gráficos a desafiar o tratamento académico das ordens clássicas.
Portugal foi, indirectamente, um interveniente importante neste contexto de reflexão e debate, quando os seus monumentos medievais servem de estudo e argumento a arquitectos, antiquários e escritores estrangeiros, nomeadamente ingleses, que os visitam em busca da consolidação teorética. Os mosteiros de Alcobaça e da Batalha, ou a então recente solução do aqueduto de Lisboa com uma imponente e sugestiva sucessão de arcos quebrados entusiasmavam os viajantes ingleses, com destaque para os arquitectos Thomas Pitt (1737-1793) e James Murphy (1760-1814) e o literato e diletante William Beckford (1760-1844). O que descrevem e desenham de Portugal tem um papel significativo no desenvolvimento do gothic revival numa Europa a caminho do Romantismo.
Temas
1. Em busca das origens civilizacionais da Europa: o mundo greco-latino e a unidade do Cristianismo. A redescoberta do Gótico
2. Os viajantes ingleses e a nossa arquitectura gótica: os Mosteiros de Alcobaça e da Batalha
3. Visita a Alcobaça e Batalha
4. A revivência do arco quebrado: os casos do Aqueduto das Águas Livres de Lisboa e do Palácio de Monserrate em Sintra
5. A discussão em torno das origens do gótico: formas , símbolos e interpretações
6. Visita ao Aqueduto das Águas Livres e Monserrate
Coordenação: Glória Azevedo Coutinho e Maria João Baptista Neto
Horário: sextas-feiras – das 18h30 às 20h
Duração: 6 sessões – início a 30 de Abril
II – história da arte europeia
Tomando como referência o espaço geo-cultural europeu, analisaremos o papel estruturante da cultura artística ao longo do complexo percurso histórico.
Através de um conjunto de abordagens temáticas e cronológicas, faremos a viagem no tempo, fixando-nos nos momentos mais significativos da História da Arte e destacando o valor da criação artística e a importância da circulação das ideias, das formas e dos próprios artistas.
Coordenação: Maria Calado
Horário: quartas-feiras das 18.30h às 20h
Duração: 6 sessões – início 5 de Maio
III – iniciação à grafologia
A análise da escrita permite ao grafólogo detectar o temperamento e o carácter à nascença (o “dado” freudiano), as reacções afectivas provocadas pela relação da criança com os pais até aos nove anos (o “vivido”) e o percurso até ao presente (o “adquirido”). São, assim, a essência da pessoa e a sua biografia que se inscrevem num simples manuscrito assinado.
A grande originalidade da grafologia provém de a escrita, além de revelação do temperamento e do carácter, ser também uma projecção afectiva, uma linguagem simbólica do inconsciente que nela se exprime tão naturalmente como nos sonhos.
A grafologia, enriquecida com a caractereologia e com as descobertas sobre o inconsciente, completada com a morfo-psicologia, será sem dúvida uma disciplina relevante na psicologia do século XXI.
Coordenação: Alberto Vaz da Silva
Horário: terças e quintas-feiras – das 18h30 às 20h
Duração: 14 sessões – início a 6 de Maio