CURSOS LIVRES
I – HISTÓRIAS DAS MÚSICAS LIGEIRAS
Das invenções dos senhores Edison e Cros (1877) até ao Chico Fininho (1980)
Na melhor das hipóteses, as letras são poesia de pleno direito e as músicas merecem o comentário que Ravel fez a um respeitoso escritor de canções que queria aprender com ele: O senhor é que me devia dar aulas!
Na pior das hipóteses, a música não erudita reflete o ar do tempo, a mudança de costumes e o amor, o maior de todos os venenos e de todos os remédios (Joni Mitchell). E até pode ser agente privilegiado da transformação das mentalidades.
A Música Popular sempre existiu. Mas novos engenhos de fixação e reprodução do som e os meios de comunicação de massas deram-lhe uma centralidade nova. Diversa, misturada e inquieta. E nem sempre tão ligeira como isso…
Tentaremos percorrer quase um século de cantigas e sons, de ouvido atento e câmara móvel. Zoom in, zoom out, zoom in…
1ª Sessão: As Invenções do Som
A venda de letras e partituras. Thomas Edison e Charles Cros e a invenção da gravação sonora. Emile Berliner e o nascimento da Indústria Fonográfica. Discos de 78, 45 e 33 rotações. Jukeboxes. A Rádio e depois a TV (e a MTV). A era digital: do Disco Compacto ao MP3. Música à medida de cada novo brinquedo.
2ª Sessão: Quando o Jazz era Pop
Das paradas de New Orleans até ao jive que foi quase Rock’n’Roll, passando pelo Ragtime (que queria ser levado a sério); a Era do Jazz (com brancos a faturar); a explosão do Swing e as grandes orquestras, com Sinatra e tudo.
3ª Sessão: O Ar do Tempo e o Cheiro dos Sítios
Cantigas para todas as ocasiões: as guerras e a paz; racismo, revoltas e celebração; álcool e drogas; libertações sexuais e férias pagas. Sons de todos os sítios, das vozes búlgaras aos blues do Mali, passando pela dança do Zorba.
4ª Sessão: Escrever por Encomenda
Da Opereta ao Teatro Musical. De Tin Pan Alley até à Broadway e daí para Hollywood, quando até os filmes aprenderam a cantar e a dançar. Os grandes profissionais da escrita de canções. Sem esquecer, À Portuguesa, a Revista.
5ª Sessão: Ecoutez la Chanson bien douce…
A Canção Francesa, um caso à parte. Do Café Concerto até à morte de Brel, em 1978. As estrelas do palco e do ecrã. Trenet e a chegada do Jazz. Piaf e os seus protegidos. Brassens, Ferré e Brel. Vian, Gainsbourg e depois o Yé-Yé.
6ª Sessão: Brasil, de todas as músicas
De Pixinguinha até ao fim da ditadura e dos exílios – Tou Voltando… Choro, alegria e samba. Carmen Miranda no Brasil e em Hollywood. Dalva, Dolores e Maysa. Dick e Lúcio, à Sinatra. Bossa Nova. Jovem Guarda. Tropicalismo. Novos Baianos. Chico & Caetano & Bethânia &…
7ª Sessão: As Novas Música Populares e o Fado
Blues, Tango, Canção Napolitana, Flamenco, Fado, invenções recentes, com galardões de músicas de sempre. Tradição e mobilidade do Fado, desde a Severa da Rua do Capelão ao Homem na Cidade de Carlos do Carmo (1977), passando pelo Marceneiro de Lisboa e pela Amália do mundo inteiro.
8ª Sessão: Rock’n’Roll
Uma música que não era para todas as idades, do tempo do James Dean. Os babyboomers. Sementes de Violência (1955) e Rock Around the Clock (1954). Halley, Elvis, Fats Domino, Chuck Berry, Jerry Lee, Little Richard, Buddy Holly, Gene Vincent. Censura, tropa, desastres e prisões. O regresso à normalidade.
9ª Sessão: Os Anos 60
Do Twist aos grandes festivais. Dylan, Beach Boys, Simon & Garfunkel. Beatles, Kinks. Swinging London e americanos a espreitar. Pop inglês com blues americanos: Rolling Stones, Clapton, Led Zeppelin. Soul Music: grandes artistas e editoras obrigatórias. Drogas, hippies, psicadelismo e gravação em multipistas. Hendrix, Doors, Janis. Monterrey e Woodstock. A ressaca.
10ª Sessão: A Música Popular e a Canção de Protesto
Esta máquina mata fascistas: a Depressão, o Macarthismo, o Folk e a canção de protesto. Guthrie, Seeger, o primeiro Dylan, Baez, etc. Canções Revolucionárias do mundo todo. Lopes-Graça, Coimbra, José Afonso e Adriano. Os Baladeiros e o Zip. Os exilados Cília, José Mário e Sérgio. A Revolução e o Canto Livre. Fausto e Vitorino.
11ª Sessão: A difícil invenção do Rock em Português
As danças. Yé Yé. Influências francesas e anglo-saxónicas. Pode-se cantar rock em português?! Caloiros da Canção. Conjunto Académico João Paulo, Sheiks e Quarteto 1111. Os maus exemplos. Vilar de Mouros. O Rock de quarentena durante o PREC. A chegada do Punk. UHF e Rui Veloso.
Coordenação: David Ferreira
Horário: terças-feiras, das 18h30 às 20h
Duração: 11 sessões – de 28 de janeiro a 15 de abril
Preço:
Sócios: 165 € (>65 ou <25 anos: 132 €)
Não sócios: 198 € (>65 ou < 25 anos: 158 €)
II – NAVEGAÇÃO BÁSICA NA INTERNET
Curso de utilização de internet com o objetivo de transmitir noções simples de como abrir conta de e-mail, facebook, pesquisar, como manter o computador protegido, como entregar o irs, ver a conta bancária e fazer operações, como falar no skype, ler o jornal e estimular a aprendizagem a partir de bases simples.
Temas a desenvolver:
Pesquisa e navegação
Correspondência e comunicação
Redes Sociais, entretenimento
Plataformas oficiais, “os meus favoritos” e blogues
Coordenação: Helena Serra
Horário: quartas-feiras, das 18h30 às 20h00
Duração: 8 sessões – de 22 de janeiro a 12 de março
Preço:
Sócios: 120 € (> 65 ou < 25 anos: 96 €)
Não sócios: 144€ (>65 ou < 25 anos: 115 €)