Ontem, falámos da presença marcante de S. Francisco Xavier nestas paragens em 1542, quando batizou milhares de gentios. Hoje deu-se o encontro do grupo com a aldeia de Manapad, lugar de um pequeno templo que invoca a passagem do grande apóstolo da Índia, que terá vivido na gruta abaixo da capelinha. A capela é muito pequena em espaço, razão pela qual o próprio santo se queixou de falta de uma dimensão adequada ao grande número de fiéis que acorreram à visita de S. Francisco Xavier. O lugar é extraordinário.
Manapad é, de facto, uma referência inesquecível. Apesar dos coqueiros e das palmeiras, dir-se-á que estamos ou na Europa ou na América do Sul, mercê de uma povoação marcada por uma grande catedral do século XIX, sob a invocação da Santa Cruz, ou do Santo Lenho, que lembra um naufrágio em que a chegada à costa permitiu o salvamento da tripulação, tendo o resto de um mastro passado a figurar como relíquia especialmente lembrada pelos cristãos desta costa.
O dia de aniversário da Margarida Gil foi devidamente assinalado, com bolo, parabéns, velas e sobretudo desejo de um novo filme. Tudo isto em Kanyakumani, próximo de Comorim, o cabo mais a sul do subcontinente indiano. Nada poderia ser diferente, sobretudo lembrando-nos de um tema tão querido à Margarida como o Mar…
A Bárbara Assis Pacheco ficou entusiasmada, entre outras aves, com o colhereiro que viu, com a indicação de Albert, o guia experimentado que é também, bird watcher, mas igualmente se deixou enfeitiçar pelas três cores do Índico na passagem do Coromandel para costa do Malabar, do azul-turquesa ao cinzento… Longa, longa viagem de autocarro, até Coulão. E o grupo chegou finalmente ao Kerala!
Crónicas de Anísio Franco e Bárbara Assis Pacheco:
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