O novo ciclo de jantares-debate, promovido pelo Clube Português de Imprensa, Centro Nacional de Cultura e Grémio Literário, desta vez subordinado ao tema “Portugal: que Estado, que Sociedade, que Soberania?“, prossegue no próximo dia 29 de Maio, tendo como orador convidado Artur Santos Silva, presidente da Fundação Gulbenkian.
O objectivo desta iniciativa é o de juntar, como já sucedeu no ciclo anterior, um conjunto de personalidades relevantes da sociedade portuguesa, que possam ajudar-nos a reflectir sobre a situação complexa que o País atravessa, desde que foi forçado, mais uma vez, a pedir assistência financeira internacional.
Artur Eduardo Brochado dos Santos Silva, o actual presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, é jurista, administrador de empresas, banqueiro, nascido no Porto, a 22 de Maio de 19451, filho de outro jurista do mesmo nome.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, iniciou a sua carreira profissional como assistente de Finanças Públicas e Economia Política, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Do seu extenso currículo, consta uma alargada experiência como director-geral do antigo Banco Português do Atlântico, durante quase uma década, que interrompeu, em 1975, para integrar o VI Governo Provisório, como secretário de Estado do Tesouro.
Após essa incursão no Governo, foi nomeado vice-governador do Banco de Portugal , voltando, mais tarde, a leccionar , como regente das disciplinas de Moeda e Crédito, no Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa , e de Economia Financeira, novamente em Coimbra.
Envolvido na fundação do Banco Português de Investimento (então Sociedade Portuguesa de Investimentos), foi presidente da respectiva Comissão Executiva e do Conselho de Administração, do qual se afastou em 2004 .
Foi vogal do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian e da Partex Oil & Gas Holdings Corporation, empresa propriedade daquela instituição.
Em 22 de Dezembro de 2011 foi eleito presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, sucedendo a Emilio Rui Vilar, quando este terminou o mandato.
Homem de apegada discrição e modéstia, não obstante ser oriundo e ter crescido numa família abastada, é frontal por natureza e não poupa nem nas palavras nem nas convicções.
Artur Santos Silva tem várias condecorações, tendo sido agraciado com os graus de Comendador da Ordem do Mérito, em 1991, de Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, em 2004 e de Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, a 25 de Abril de 2011.
É esta personalidade, com um currículo multifacetado, repartido pela Universidade, gestão financeira e empresarial, simultaneamente observador e protagonista, com uma intervenção politica sempre ouvida – reconhecido pela qualidade da sua análise, e sentido de independência -, que estará no Grémio Literário , para abordar o tema “Portugal: que Estado, que Sociedade, que Soberania”. Venha reflectir connosco.
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