A relação entre a Arte e a Natureza pode, talvez, apenas definir-se pela palavra “intensa”, uma vez que, desde os materiais de que se apropria até às representações que faz da Natureza, a Arte, ao longo de milénios, não só manteve esse estreito relacionamento como se interrogou a si própria nessa relação, ao mesmo tempo que também questionou o próprio conceito de Natureza.
Assim, ao longo de seis sessões iremos abordar:
1. Da Pré-história à Antiguidade Clássica na Europa e na Bacia Mediterrânica: dos materiais às referências; a figura humana e o enquadramento natural; o conceito de imitação.
2. Da Idade Média ao Renascimento na Europa: da Natureza como símbolo à Natureza como modelo; a autonomia dos géneros ‘Natureza Morta’ e ‘Paisagem’.
3. Na Ásia, nas Américas e na África: representações humanas e simbolismos animais; visões de conjunto do tema da paisagem.
4. O conhecimento científico da Natureza e a Arte: dos ‘inventários visuais’ de coleções naturalistas às representações das manifestações da Natureza que a humanidade não consegue controlar – terramotos, vulcões e naufrágios.
5. Das espiritualizações da Natureza na Arte (Friedrich, Turner, Rousseau) à utilização das representações da Natureza como pretexto para desvendar novos caminhos da Arte rumo aos Modernismos do século XX.
6. Arte e Natureza na era da Globalização: os recorrentes retornos da Natureza na sequência de sucessivos momentos de fascinação perante avanços industriais e tecnológicos. A Natureza como arma da Arte interventiva.
Coordenação: Fernando António Baptista Pereira
Horário: quartas-feiras; das 18h30 às 20h00 – online
Duração: 6 sessões; de 14 de maio a 25 de junho (no dia 11 de junho não há sessão)
Preço: sócio CNC 150€ | não sócio CNC 180€
Todas as sessões do curso serão gravadas e disponibilizadas aos participantes inscritos, no canal Youtube do CNC.