Nos anos 90 do século XX, o Centro Nacional de Cultura, com a coordenação do Professor João Furtado Coelho, organizou o ciclo de conferências “Matemática e Cultura”, que contou com a participação de conceituados cientistas que trataram temas científicos de uma forma acessível ao público em geral.
Alfredo Pereira Gomes (1919 – 2006) integrou uma geração de matemáticos como Bento de Jesus Caraça, Ruy Luís Gomes e António Aniceto Monteiro, de quem foi orientando. No Porto, em 1942 já como professor assistente, foi impedido de trabalhar pelo regime salazarista e viu-se obrigado a partir para França – Paris, Marselha, Nancy – e Brasil – Rio de Janeiro, Brasília, Recife. Voltou a Portugal dedicando-se ao ensino da Faculdade de Ciências de Lisboa tendo participado, em 1975 e 1976, na remodelação de todo o ensino da Matemática no país. Nesta conferência, intitulada “O Elogio do Erro”, este autor debate a ideia de que o erro é inerente a toda a Matemática, ilustrando-a com situações diversas na história do saber, desde a Antiguidade até ao nosso tempo.
Alfredo Pereira Gomes, “O Elogio do Erro”, 1992
15 Janeiro, 2021
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