O Instituto Cultural de Ponta Delgada agradece ao Centro Nacional de Cultura, na pessoa do seu presidente, o amável e honroso convite que recebeu, através da Senhora Doutora Ana Maria de Almeida Martins, para estar presente nesta sessão de homenagem ao Dr. José Bruno Tavares Carreiro e para apresentar o volume LXV do seu boletim a Insulana, que resultou de uma parceria com a Câmara Municipal de Ponta Delgada para a publicação das conferências proferidas no ciclo “José Bruno Carreiro, o Homem e a Obra”, promovido por ocasião do cinquentenário da morte desse ilustre açoriano.
José Bruno Tavares Carreiro foi uma das personalidades mais marcantes da nossa Terra na primeira metade do século XX. Culto, inteligente, observador arguto dos homens e das situações, com enorme talento para o jornalismo e um grande sentido de humor, José Bruno tornou-se, desde cedo, num dos centros da intelectualidade micaelense. Pelo seu grande interesse pela política local, nacional e internacional e pelo sentido de intervenção cívica que esteve presente durante toda a sua vida foi, sem dúvida, uma das personalidades da sua geração que maior influência teve na vida cultural, social e política da comunidade açoriana.
Como presidente da direcção do Instituto Cultural de Ponta Delgada compete-me salientar o papel que o Dr. José Bruno desempenhou na fundação e no funcionamento desta instituição. Foi sem dúvida um dos seus inspiradores e dos que mais se esforçaram para a sua concretização, conforme testemunha a carta, datada de 23 de Novembro de 1943, dirigida a Rodrigo Rodrigues, em que José Bruno Carreiro, Armando Côrtes-Rodrigues e Francisco Carreiro da Costa o convidam a comparecer numa reunião onde se deveria discutir os estatutos da “Sociedade de Estudos Distritais” que, depois, seria designada por Instituto Cultural de Ponta Delgada. O assunto tinha sido publicamente levantado na primeira página do jornal Correio dos Açores, em artigo não assinado, mas seguramente da autoria de José Bruno, em que se referia a criação do Instituto Histórico da Ilha Terceira, presidido pelo Dr. Luís Ribeiro, e se apelava para os corpos administrativos do distrito de Ponta Delgada no sentido de se seguir o mesmo caminho.
No dia 18 de Dezembro de 1943 foi eleita, pelos 50 sócios fundadores, a direcção do Instituto, que ficou constituída por Humberto de Bettencourt, Rodrigo Rodrigues, Francisco Carreiro da Costa, José Bruno Tavares Carreiro e Armando Côrtes-Rodrigues.
Na reunião da direcção do dia 3 de Maio de 1944 foi deliberado que o presidente, Dr. Humberto de Bettencourt, aproveitasse a sua ida a Lisboa para tratar da edição dos livros “Antero de Quental, subsídios para uma biografia”, de José Bruno e o “Cancioneiro Popular Açoriano”, de Côrtes-Rodrigues”. Na mesma acta consta o pedido de José Bruno para que ficasse consignado que a edição do seu livro era feita por manifesto desejo dos seus amigos e camaradas de trabalho e não a seu pedido.
Mais tarde, o Instituto homenageou-o, por ocasião do centenário do seu nascimento, com uma conferência proferida pelo Dr. João Bernardo de Oliveira Rodrigues no auditório da Cidade, e hoje estamos aqui para lhe prestar mais uma vez a nossa admiração e o nosso agradecimento por aquilo que foi e por tudo o que fez em prol da nossa terra.
O Dr. José Bruno Tavares Carreiro, que nasceu em Coimbra a 28.8.1880, filho do eminente cirurgião micaelense Dr. Bruno Tavares Carreiro e de Maria Rosa de Jesus, natural de Coimbra, veio com quatro anos de idade para S. Miguel, juntamente com o pai que terminara a licenciatura em medicina e com a irmã Maria Júlia Tavares Carreiro que veio a casar com o Dr. António Augusto Riley da Mota.
Frequentou o ensino primário em Ponta Delgada e por volta de 1895 (ano do decreto de autonomia de 2 de Março) foi, como aluno interno, para o colégio do Espírito Santo em Braga, tendo terminado o ensino secundário na cidade do Porto.
Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra, cidade onde escreveu a peça de teatro “Uma Véspera de Feriado”, levada à cena na festa dos quintanistas e que voltou a ser apresentada no Teatro S. Carlos, em Lisboa, a favor da Assistência Nacional aos Tuberculosos. Espectáculo que teve a presença dos Reis de Portugal que, no intervalo, lhe ofereceram uma cigarreira em prata, cravejada de rubis, que se encontra na posse dos seus descendentes.
Terminado o curso em 1904, José Bruno regressou a S- Miguel, onde praticou com sucesso a advocacia e ocupou vários lugares públicos, até que em 1910 foi nomeado, após concurso público, secretário do Governo Civil do Distrito de Ponta Delgada
O regresso à Ilha fez-se numa época de grande efervescência política e logo a 5 de Julho de 1906 tornou-se proprietário e director de um novo jornal O Distrito, onde, para além da defesa do Partido Regenerador, revelou todo o brilho do seu espírito combativo, do seu sentido crítico, muitas vezes mordaz, e do forte senso de humor que o caracterizavam e que eram reconhecidos por todos os que com ele conviveram (que hoje são bem poucos) e pela correspondência trocada com os amigos mais íntimos.
A abundante correspondência dirigida por José Bruno ao primo e amigo, Rodrigo Rodrigues, no período de 1914-1919, em que este viveu em Angra do Heroísmo, como director da Repartição de Finanças, e serviu de ele de ligação entre os autonomistas de S. Miguel e da Terceira, são um bom testemunho desse espírito e uma boa achega ao conhecimento da sua personalidade e do seu pensamento. Infelizmente, algumas dessas cartas foram destruídas, mais tarde, quando alguém as encontrou escondidas entre as páginas de um livro e as considerou politicamente inconvenientes, provavelmente não só para os dois, mas também para uma personalidade que estava para além deles.
Estas cartas teriam sido entregues a Rodrigo Rodrigues por oficiais da Base Americana e teriam sido escritas durante o período excepcional que mediou entre a entrada dos E.U.A. na guerra, em Junho de 1917, e finais de 1918, altura em que terá sido decidida a desactivação da Base Americana. Foi neste período que se verificou o estreito contacto entre José Bruno e o almirante Dunn.
Mais tarde, em finais de 1918, terminada a guerra, estando já prevista a completa desactivação da Base Americana e tendo sido substituído o almirante Dunn, José Bruno, convencido que os apoios teriam de ser os mesmos de sempre, o que quer dizer que teria de contar, principalmente, com os açorianos, avançou com um “novo movimento”, agora sob a sua batuta. Deu novo impulso à “confraternização açoriana”, que vinha de 1912-13 e organizou, em Maio de 1919, a visita dos terceirenses a S. Miguel.
Na residência de Rodrigo Rodrigues, em Angra do Heroísmo, realizavam-se serões musicais, onde o trio formado por Rodrigo Rodrigues ao piano, o Dr. Luís Ribeiro no violino e o Dr. Jacinto de Arruda no violoncelo era acompanhado pelas bonitas vozes das senhoras D. Georgina Pamplona Forjaz e D. Marina Dewander Gabriel, mais tarde cantora profissional em Paris.
Em 1919 José Bruno casou com Georgina Forjaz, passando a deslocar-se com maior frequência à Terceira e preparou a fundação do Correio dos Açores: dois passos muito importantes na sua vida e que, de várias formas, desempenharam importante papel no desenvolvimento do designado “segundo movimento da autonomia administrativa dos Açores e da Madeira”. No dia 1 de Maio de 1920 saiu o primeiro número do novo jornal sob a direcção de José Bruno, que em artigo de fundo escreveu:
«… creio que não pode ser prestado maior serviço a esta terra, no momento presente, do que pretender colaborar no estudo das questões que mais profundamente a afectam e lhe interessam, organizando e lançando mais um jornal que só com este objectivo sai à publicidade.»
Definido o estatuto do novo jornal, José Bruno lançou a 28 de Março de 1924 a ideia de endereçar a um grupo de ilustres personalidades continentais o convite para visitarem os Açores, proporcionando-lhes o contacto directo com a realidade insular e com as capacidades potenciais do arquipélago. A ideia foi prontamente aceite pelos micaelenses que se aperceberam da importância dessa visita como meio de propagandear as potencialidades das ilhas e de encontrar aliados, com prestígio nacional, para denunciarem o desconhecimento e o esquecimento a que aquelas estavam votadas pelo Governo.
O convite foi prontamente aceite e a 24 de Maio partiram de Lisboa no paquete “Lima” as 9 personalidades convidadas: Dr. Luís de Magalhães, amigo de Antero, Teixeira Lopes, escultor, D Luís de Castro (Nova Goa), professor do Instituto de Agronomia, Doutor José Leite de Vasconcelos, arqueólogo e etnógrafo, D. Manuel de Bragança, Professor de agronomia, Antero de Figueiredo e Trindade Coelho, escritores, Joaquim Manso, director do Diário de Lisboa, Dr. Armindo Monteiro, que foi embaixador em Londres e ministro, e alguns jornalistas, redactores dos principais jornais de Lisboa e do Porto.
Durante a viagem os numerosos açorianos que seguiam na mesma viagem dirigiram-lhes, assinada por todos, uma calorosa mensagem de saudação e a 29 de Maio chegaram ao porto de Ponta Delgada, onde, ainda a bordo, foram saudados pelo Dr. Aristides Moreira da Mota, em nome da comissão de recepção, que a certa altura do seu interessante discurso, disse:
«… na verdade aguardámos de vós um veredictum. Estamos ansiosos por que sejam fixados, por homens competentes e dignos os nossos destinos. Indaguem de tudo quanto temos feito, da história e do estado do nosso porto de abrigo e do seu apetrechamento, da rede das nossas estradas, dos nossos meios de transporte, dos nossos pequenos portos de cabotagem, da iluminação das nossas costas e dos nossos núcleos de população, dos nossos estabelecimentos de instrução, da história e do estado das nossas instituições de beneficência: enfim, indaguem de tudo aquilo em que os povos açorianos têm dispendido as suas energias durante cinco séculos, partilhem as responsabilidades por quem de direito e digam-nos se o produto dessas energias lhes têm aproveitado correspondentemente, digam-nos se as directrizes em que essas energias têm seguido revelam mau senso, incapacidade de concepção, ignorância dos primeiros rudimentos da ciência e da técnica, insensibilidade estética, digam-nos se essas energias são ou têm sido limitadas na sua acção por falta de potencial ou porque à acção dessas energias se opõe a acção de outras mais poderosas, que se opõem em vez de com elas cooperarem para vantagem recíproca…»
Desembarcaram no cais sob carinhosa, afectuosa e vibrante manifestação dos milhares de micaelenses que os aguardavam e que enchiam por completo aquele recinto e imediações.
A visita fora preparada com todo o cuidado, tendo José Bruno desenvolvido uma extraordinária actividade, não só em S. Miguel como em todas as outras Ilhas, para que a recepção fosse em tudo condigna da categoria dos visitantes. Foi sem dúvida a alma entusiástica do empreendimento.
No Correio dos Açores publicou-se diariamente e em artigo de fundo a biografia de cada um dos visitantes, dando-os a conhecer ao público açoriano, a par com numerosos artigos, muitos deles vindos da imprensa continental. No dia 22 de Maio, uma semana antes da chegada, o jornal referiu-se longamente ao escritor Carlos Malheiro Dias e publicou o seu retrato. Ao lado, outro artigo, com o título sugestivo de «OS AÇORES NA IMPRENSA DO CONTINENTE», dizia «A propósito da visita, os grandes quotidianos do Continente começam a ocupar-se do Arquipélago Açoriano». O texto era dedicado à notícia da futura inauguração, em Ponta Delgada, do monumento a Antero de Quental da autoria do escultor Teixeira Lopes. A homenagem ao “Poeta” seria um dos momentos altos da visita dos intelectuais.
A ideia de José Bruno foi um sucesso em todos os aspectos: os continentais apreciaram o vasto e bem seleccionado programa da recepção e não ficaram insensíveis ao entusiasmo dos açorianos, que por todos os meios mostraram reconhecer a categoria dos visitantes, como revela o comportamento de muitas centenas de pessoas que assistiram às conferências proferidas pelos convidados no Teatro Micaelense. O Correio dos Açores refere-se ao assunto da seguinte maneira:
«Uma nota devemos acrescentar é a que se refere às extraordinárias ovações feitas segunda-feira pelo público que enchia o Teatro. Raríssimas vezes, terá vibrado assim o público micaelense. Essas aclamações honram os micaelenses mostrando-nos uma perfeita compreensão da importância das noites que começaram segunda-feira a ser vividas nesta cidade e dos preciosos ensinamentos de ciência e arte que nos trazem os homens eminentes que neste momento temos a honra de hospedar.»
Para além dos momentos mais solenes, como a homenagem a Antero, outros houve em que se verificaram episódios que mostram o carinho e a grande consideração com que os açorianos receberam os ilustres visitantes. Exemplo disso foi quando, a 31 de Maio de 1924, se procedeu à inauguração oficial do Instituto Radiológico de Ponta Delgada, onde usaram da palavra o Dr. Mont’Alverne, o Dr. Aristides Moreira da Mota, o Dr. Machado Macedo e o Conselheiro Dr. Luís de Magalhães (em nome dos visitantes que haviam sido convidados de honra). A Sessão inaugural continuou com a visita às instalações, onde, como relata o Diário dos Açores «…a Dr.ª Maria Joana Pereira teve a gentil lembrança de radiografar a mão direita do eminente escultor Sr. Teixeira Lopes.»
As excelentes impressões que os visitantes lavaram para o Continente repercutiram-se na imprensa e alguns, como Trindade Coelho, defenderam as aspirações autonómicas, justificando-as. Para além da intensa propaganda acerca dos Açores por eles feita nos jornais do Continente a visita teve outras consequências: levando à publicação do projecto de lei sobre a receita da Junta Autónoma do Porto de Ponta Delgada, assunto que estava parado e que era de vital importância para S. Miguel; a homenagem à lavoura açoriana por parte da Sociedade de Ciências Agronómicas de Portugal e a grande exposição de produtos açorianos feita pelo jornal O Século.
A situação do porto de Ponta Delgada, cuja construção se iniciara em 1861 e cujas obras se encontravam paradas por falta de financiamento, foi alvo do interesse dos visitantes. O Dr. Armindo Monteiro, em artigo inserido no Diário dos Açores, referia-se a ele:
«Se amanhã o porto deixar de oferecer guarida, a ilha pode considerar-se isolada do mundo e a sua agricultura tão próspera, o seu activo comércio, a sua nascente indústria votadas, talvez, à ruína. Será uma desgraça sem qualificação, S. Miguel tão rica, tão fértil, tão linda mergulhará porventura em profunda crise e a nação, deixando de dispor dos cambiais que dali lhe vêem sofrerá os justos efeitos da negligência dos que a governam. A conservação do porto de Ponta Delgada é, portanto, uma grave questão nacional.»
A 15 de Agosto desse mesmo ano o Dr. Amorim Ferreira escreveu, também, sob o mesmo tema e no dia 19 o jornal noticiou que o Governo atribuíra 100 contos para a continuação das obras, mas o jornalista acrescentava que só uma lei dando à junta todos os rendimentos do porto (que eram cobrados pelo tesouro), como sucedia para os do Continente, a junta poderia fazer frente à catástrofe que ameaçava a ilha, pois que a política de subsídios não dava garantia a qualquer operação financeira que a junta autónoma quisesse realizar.
Como já referimos, a visita dos ilustres intelectuais continentais foi, para a grande maioria dos açorianos, não só um enorme sucesso mas, também, um trunfo bem lançado por José Bruno no sentido de procurar apoios importantes no próprio continente português para a necessidade do aprofundamento da autonomia administrativa das Regiões Insulares.
No Correio dos Açores de 27 de Julho de 1924, sob o título “O Dr. Trindade Coelho, na imprensa de Lisboa, justifica brilhantemente as reivindicações autonómicas dos açorianos”, o jornalista a par de alguns comentários, transcreve o artigo:
«Exactamente como para as Províncias portuguesas, a autonomia dos Açores e da Madeira é a mais sólida e mais fecunda garantia da unidade e da continuidade da Nação.
Porque essa autonomia, antes de mais nada é, aparte mesmo as suas consequências políticas de estímulo, pela emancipação e pela concorrência administrativa, imediatamente realizará aquilo a que podemos chamar a coesão regional, coesão que só poderá obter-se pela livre expansão das forças económicas.
Latentes e frementes as sentimos no Arquipélago açoriano, mas presas ao solo, mas de asas tolhidas pelo centralismo do Terreiro do Paço…
Lisboa a respeito dos arquipélagos, só lhes bate à porta à hora da comida. Venha de lá o imposto para os transportes marítimos e venha de lá o homem para o serviço militar. Pobre Arquipélago açoriano!»
Em todas as ilhas a missão dos continentais foi entusiasticamente recebida, mas apesar disso, os adversários da autonomia e do Dr. José Bruno, principalmente alguns republicanos do partido democrático, induziram o governador civil substituto a queixar-se ao Governo Central de alguns funcionários públicos que se haviam destacado na recepção à “embaixada continental”, chegando a apontar que se tinham manifestado abertamente pelo sistema monárquico. Correram notícias de inquéritos e da suspensão de alguns importantes autonomistas, como o professor do Liceu Dr. Aristides Moreira da Mota.
O desagradável acontecimento foi fortemente repudiado pela imprensa, tanto em Lisboa como nos Açores e o Dr. Aristides recebeu a solidariedade dos visitantes, juntamente com a defesa dos parlamentares açorianos. Embora nada mais tivesse acontecido, José Bruno não perdoou e em artigo intitulado «Em homenagem à verdade» protestou contra a malévola manobra chefiada pelo governador civil substituto que, dai em diante, passou a ser alvo do Correio dos Açores, em artigos do seu director, numa sistemática campanha feita com a velada e subtil ironia com que José Bruno desancava certos inimigos.
Estou certo que José Bruno considerava a “visita dos Intelectuais aos Açores” como o maior êxito da sua vida!
Quando aquela terminou em S. Miguel com a récita de gala no Teatro Micaelense no dia 7 de Junho, os açorianos deram-lhe razões para isso. No artigo do jornal sobre o acontecimento, o jornalista escreveu:
«A récita foi um enorme sucesso e no final o público reclamou a presença no palco do director do Correio dos Açores e tributou-lhe o seu reconhecimento pela ideia, organização e pleno êxito da viagem dos ilustres continentais a estas ilhas. Ao aparecer no palco uma delirante arrebatadora, radiosa e vibrante ovação lhe é tributada traduzindo o inteiro aplauso do público desta terra pela sua obra, trabalho e valor na defesa dos nossos interesses e na propaganda do bom nome dos Açores».
Lisboa, 2-11-2012
Henrique de Aguiar Oliveira Rodrigues