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Revista do Mês

A quarta edição da “Revista do Mês”, o jornal falado do CNC teve lugar no CiberChiado no dia 28 de Abril …

A quarta edição da “Revista do Mês”, o jornal falado do CNC, teve lugar no CiberChiado no dia 28 e debruçou-se ainda sobre as sequelas da guerra iraquiana. A Tertúlia reuniu Maria João Avillez (M.J.A.), João Amaral (J.A.) e Guilherme d`Oliveira Martins (G.O.M.), tendo, de novo, como convidado especial Luís Salgado de Matos (L.S.M.). Maria João Avillez iniciou a conversa sumariando os acontecimentos do mês de Abril e perguntou à mesa o que cada um escolheria como facto do mês que termina, se o fim da guerra e o início das operações de rescaldo, se os acontecimentos nacionais – desde o recrudescer do caso Paulo Portas ao discurso de 25 de Abril do Presidente da República. G.O.M. referiu a guerra e a dúvida sobre se quem ganhou terá agora condições de vencer a paz – sendo certo que nem ainda apareceram as armas de destruição maciça nem se sabe onde está Saddam Hussein e os arquivos do regime. J.A. salientou, porém, o mau estado em que ficou a Europa depois da guerra e as divisões que ela suscitou – o que, para si, demonstra que os Estados Unidos continuam a ser os melhores garantes da segurança internacional. L.S.M. preferiu exprimir cepticismo relativamente às tentativas europeias de criação de uma política externa e de defesa comum, dúvida que os últimos acontecimentos só teriam vindo confirmar. G.O.M. chamou a atenção para a necessidade de preencher o vazio deixado pela crise da O.T.A.N. – o que exige a criação de um pólo europeu estável e credível. Os temas nacionais entraram então em liça. M.J.A. lançou a pergunta sobre se a posição de Paulo Portas ficou ou não atingida pelas declarações de Braga Gonçalves no famigerado processo da Universidade Moderna. G.O.M. reconheceu não haver novidades nessas declarações – no entanto, torna-se cada vez mais evidente que o PSD deseja ver-se livre, o mais depressa possível, de Paulo Portas, que se encontra nitidamente fragilizado na sua posição política e governativa. Há uma espada de Dâmocles sobre a sua cabeça que não é boa para a saúde da coligação e do governo num momento de crise. No entanto, considerou ser o discurso de 25 de Abril de Jorge Sampaio o facto mais relevante dos últimos dias. É um discurso construtivo – que tem de ser ouvido pelo Governo. O que o Presidente disse foi que o País precisa de acreditar em si mesmo. Temos de pôr termo a uma lógica depressiva. Temos de apostar no investimento reprodutivo e na iniciativa empresarial – há outra vida para além do défice. L.S.M. insistiu também neste ponto – considerando ser o lado pelo qual devem ser lidas as palavras de Sampaio, em lugar de se tentar ver sombras de conflito institucional. E porquê agora? Porque o Governo tem maioria absoluta no Parlamento e não pode deixar de a usar com sentido positivo e reformador. M.J.A e J.A. preferiram ver no discurso do Presidente palavras onde se evidencia um clima crítico típico de segundo mandato…

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