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FALECEU FIAMA HASSE PAIS BRANDÃO

O Centro Nacional de Cultura presta aqui a sua homenagem a Fiama Hasse Pais Brandão a quem atribuiu em 1986 o Grande Prémio de Poesia Inasset / Inapa.

Fiama Hasse Pais Brandão é um dos valores mais consistentes da poesia portuguesa contemporânea. Esteve próxima do Centro Nacional de Cultura desde os anos sessenta (o tempo de Poesia 61). Era alguém que sempre procurou o que Pedro Mexia recordou como sendo uma espécie da “harmonia do mundo”. As coisas e o espírito encontram-se naturalmente na obra de Fiama, como se encontram na poesia de Sophia ou de Ruy Belo. “Concha de silêncios, onde se reflectiam todas as dores e alegrias do mundo” – disse emblematicamente Eduardo Lourenço, recordando, porém, que o seu nome é talvez mais conhecido do que a sua obra. Fica essa obra extraordinária. Fiama continuará serenamente a dizer-nos ao ouvido que o essencial não pode ser-nos indiferente, ainda que se confunda com o que agora passa ao nosso lado. Vamos à estante. Tomemos a “Obra Breve” e digamos: ‘Hoje / meu dia, o coração e o dia rejubilam’. O CNC lembra a memória de Fiama e envia sentidas condolências à sua família.


                                                         Guilherme d’Oliveira Martins

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