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EXPOSIÇÃO DE BENGT MOBERG

O pintor norueguês Bengt Moberg apresenta uma exposição na Galeria Fernando Pessoa do Centro Nacional de Cultura, até dia 3 de Novembro

Exposição do pintor norueguês
Bengt Moberg



17 de Outubro a 3 de Novembro
dias úteis, 13h00 – 18h00
Galeria Fernando Pessoa


Apesar do trabalho de Bengt Moberg se ter estendido à pintura e ao desenho, continua a ser pelo seu trabalho gráfico, normalmente sob as formas de serigrafia e litografia, que ele é mais conhecido. Bengt Moberg pertence à geração de artistas que fizeram a sua educação e experiências formativas como artistas nos anos setenta, um período fulgurante e crucial para a história da arte norueguesa, em que se formaram muitos  grupos artísticos centrados na produção gráfica. Estes jovens artistas aprenderam uns com os outros e estabeleceram elos com outros grupos tanto na Noruega como no estrangeiro. Após ter completado a sua educação na Kunsthandverksskolen e na Kunst Academiet (O Colégio e a Academia Nacional de Belas Artes, respectivamente) em Bergen, Moberg mudou-se para Kristiansand e tornou-se membro de uma das principais cooperativas de arte – Myren Grafikk.


O trabalho de Moberg é assumidamente figurativo e – num sentido lato – os seus temas podem ser divididos em quatro principais grupos: animais, figuras, cidades e paisagens. Contudo, mais do que funcionarem como descrição de uma realidade externa, estes temas são utilizados por forma a explorarem a sua própria natureza. Apesar da manifesta elegância do desenho, a sua obra revela várias tensões subjacentes e contemporâneas: o delicado equilíbrio da natureza, a complexidade das relações humanas, a crise da violência e a alienação desesperada da modernidade.


Apesar de indubitavelmente relacionado com desenvolvimentos contemporâneos, o trabalho de Moberg adquiriu um estilo pessoal e idiossincrático. Podemos descobrir traços de um impetuoso arrojo que caracterizou grande parte do Expressionismo dos anos oitenta, bem como uma simplificação das formas que deve algo ao movimento simbolista. E o cisma que surge para caracterizar a nossa época está talvez reflectido na escolha de Moberg de duas técnicas – serigrafia e litografia – que parecem oferecer duas formas mutuamente exclusivas de expressão e efeitos. Na litografia, são as qualidades de pintor do artista que se evidenciam; através de um traço expressivo e de subtis distinções de tom e de cor. Apesar das diferentes escalas de efeitos que a serigrafia permite – particularmente na manipulação da imagem fotográfica e na impressão de grandes manchas de cor neutra – estes trabalhos tendem a ser caracterizados por um alto contraste dramático, um jogo no fio da navalha de luz e de sombras. Ao mesmo tempo Moberg continuou a desenvolver a sua arte gráfica, tendo ainda leccionado em diversas instituições importantes, tais como as Academias de Belas Artes de Statens e Vestlandets.



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