2º Trimestre de 2006
1 – PINTURA DE JOÃO QUEIROZ – FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
Sábado, 29 de Abril
João Queiroz apresenta um conjunto de seis pinturas inéditas, óleos sobre tela, de grande dimensão, onde mostra várias faces da sua relação com o acto de pintar em face de uma Natureza dinâmica, inapropriável e transcendente. O trabalho patente na Galeria de Exposições temporárias do Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Gulbenkian está na continuidade da investigação que o pintor vem desenvolvendo nos últimos anos sobre a Pintura de paisagem. A partir de um acto de olhar que apreende o fenómeno natural, analisando-o nos seus aspectos indeterminados e impermanentes, desenvolve, de diversos modos, as pinturas, utilizando as suas especificidades, (pincelada, cor, matéria, luz, composição), como elementos que, em seu conjunto, dão a ver e sugerem as possibilidades de apresentação, objectivação e individuação, implicadas na presença do nosso olhar perante a Natureza.
Guia: João Queiroz
Horário: 10h30
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: CAM – Fundação Calouste Gulbenkian
2 – A RAIA ALENTEJANA
Domingo, 30 de Abril
Das vilas raianas do Alentejo, Borba, Vila Viçosa e Juromenha são das que maior número de património acumulam, em tão breve espaço geográfico. Desde logo Vila Viçosa como vila-mãe da Casa de Bragança onde os duques pensaram, no período da renascença, até instalar uma universidade. A construção do Paço Ducal com as suas inúmeras salas e as variadas campanhas de obras bastariam para delinear um excelente passeio. No caminho teremos oportunidade de visitar Borba onde veremos a famosa Fonte das Bicas, o Castelo e algumas das igrejas desta localidade. Mas a mais surpreendente vila deste dia será concerteza Juromenha, antiga povoação, hoje abandonada, da qual restam apenas os muros da fortificação mas de onde se pode vislumbrar uma magnífica paiasagem de teor bucólico onde a solidão da planura e as ruínas carregadas de história concedem uma aura de mistério e poesia.
Guia: Anísio Franco
Horário: 8h00
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço
3 – LOJAS DE TRADIÇÃO: BAIXA E CHIADO
Sábado, 6 de Maio
No Chiado se estabeleceram, principalmente a partir do fim do século XIX, a nata das casas comerciais de Lisboa. Algumas são estabelecimentos centenários, que ainda hoje se encontram entre os leaders das suas especialidades. O Chiado de hoje continua a caracterizar-se por um alta densidade cultural. O Comércio renasceu com característica inovadoras onde, para além de lojas de charme, existe um conjunto de estabelecimentos vocacionados para um público jovem. As esplanadas da Brasileira, Benard e Café no Chiado, são hoje um importante polo de atracção turística e da movida nocturna.
Na Baixa, estabelecimentos como o Café Nicola, a Papelaria Mónaco ou a Confeitaria Nacional, merecem uma referência. Esta é uma visita guiada às Lojas de Tradição da Baixa e Chiado, através da história das famílias, fundação, decoração ou arquitectura.
Guia: Guilherme Pereira
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Confeitaria Nacional – Praça da Figueira, 18-B
4 – A ARQUITECTURA DOS ANOS 60 – FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
Domingo, 7 de Maio
No ano em que se comemora o cinquentenário da sua criação, a Fundação Calouste Gulbenkian apresenta uma exposição sobre uma das suas mais emblemáticas imagens de marca: o edifício da sua Sede e Museu. Comissariada por Ana Tostões, a mostra pretende enquadrar a obra no contexto da cultura arquitectónica que a gerou nos anos 60. A arquitectura é assim o fio condutor de uma análise mais alargada que enquadra a instituição na sua envolvente urbanística, cultural e sociológica. Organizada em sete núcleos, a exposição percorre a história do sítio, a constituição da própria fundação e mostram-se os três projectos que concorreram à sua concepção arquitectónica e todo o percurso que conduziu o projecto à obra.
Guia: Fundação Gulbenkian
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Fundação Calouste Gulbenkian (porta principal)
5 – O PORTO ART DÉCO
Sábado e Domingo, 13 e 14 de Maio
A art déco impôs-se no Porto por volta dos anos 20 a 40 do séc. XX, com a força que a burguesia endinheirada da época exigia. Assim, são variados os exemplares aqruitectónicos e decorativos que encontramos por toda a cidade. Naturalmente a Casa de Serralves é um dos monumentos mundiais e a ultima grande encomenda a nível europeu deste estilo decorativo. Para além de Serralves visitaremos a Culturgest que se situa num edifício assinado por Pardal Monteiro, os Cafés, o próprio Teatro Municipal Rivoli, entre outros edifícios da zona dos Aliados. Para noite de Sábado está reservado um concerto na Sala Principal da Casa da Música.
Guia: Anísio Franco
Horário: 7h55 (horário de partida do comboio)
Duração: fim de semana; transporte; alojamento; quatro refeições
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: átrio principal da Estação de Sta. Apolónia
6 – IGREJAS E CONVENTOS DA PENA: NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO E CAPELA DO HOSPITAL DE S. JOSÉ
Sábado, 20 de Maio
A origem do Convento da Encarnação remonta ao séc. XVII, reinado de Filipe II de Portugal, na sequência de disposição testamentária da Infanta D. Maria em criar um convento de religiosas da Ordem de São Bento de Avis sob a invocação de N. Sra. da Encarnação. Datam da primeira metade do século XVIII os azulejos azuis e brancos característicos do Ciclo dos Grandes Mestres lisboetas, o retábulo-mor, onde interveio João Frederico Ludwig e as pinturas da capela-mor. Da campanha pós-terramoto são as pinturas atribuídas a André Gonçalves ou oficina e toda a nova estrutura arquitectónica essencial do Convento.
O Hospital de S. José foi fundado em 1770, substituindo o antigo Hospital Real de Todos os Santos, desaparecido na sequência do terramoto de 1755. Instalou-se um novo Hospital no antigo Colégio de Santo Antão-o-Novo, cuja origem remonta a 1579, altura em que se inicia a construção por ordem do Cardeal D. Henrique. As obras de construção desse Colégio prolongam-se por todo o sec. XVII e só em 1696 foi construída a Sacristia, sob a traça de João Antunes (Arquitecto da Igreja do Menino Deus, Sta. Engrácia, etc.). Desaparecendo grande parte do antigo Colégio e respectiva Igreja no terramoto de 1755, foram posteriormente feitas obras para adaptação ao Hospital e, porque a Sacristia resistira àquela catástrofe, foi convertida em Capela.
Guia: Adélia Caldas
Horário: 9h30
Duração: manhã
Limite: 50 pessoas
Local de Encontro: Lg do Convento da Encarnação (por detrás do Palácio da Independência)
7 – LINHAS DE TORRES
Domingo, 21 de Maio
Construídos sob as ordens do duque de Wellington, estratega ímpar, e conhecedor do relatório elaborado pelo Coronel Vincent, em 1807, a pedido de Junot, sobre as excelências defensivas do terreno na região de Torres Vedras, os fortes das Linhas de Torres são considerados o mais eficiente sistema de fortificações de campo da História militar. Este sistema defensivo consistia numa tripla linha de redutos de alvenaria, que reforçavam os obstáculos naturais do terreno, formando uma barreira delimitada pelo oceano e pelo rio Tejo. A primeira linha tinha uma extensão de 46 Km e ligava Alhandra à foz do Sizandro (Torres Vedras). Este é um passeio essencialmente pedestre, fácil (embora se aconselhe o uso de calçado bastante confortável) e o almoço é pic-nic. Os participantes neste passeio ficarão sócios temporários da British Historical Society.
Guias: Lourenço d’Almeida / Clive Gilbert (British Historical Society)
Horário: 8h30
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço
8 – GRANDES MESTRES DA PINTURA EUROPEIA – MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA
Sábado, 27 de Maio
Exposição de qualidade absolutamente excepcional, que reúne 95 pinturas de mestres fundamentais na história da pintura europeia, desde o início do Renascimento italiano até à década de 1940-50.
Quase metade das peças inscrevem-se num arco cronológico que vai do século XV ao XVIII, distribuem-se pelas “escolas” italiana, flamenga, holandesa, alemã, francesa, espanhola e britânica e são criações de mestres como Fra Angelico, Bernardino Luini, António Solario, Fragonard, Reynolds ou Gainsborough, entre outros. As restantes pinturas são especialmente demonstrativas de autores e movimentos artísticos dos séculos XIX e XX: impressionismo, simbolismo e nabis, fauvismo, expressionismo. Corot, Courbet, Cézanne, Manet, Degas, Monet, Renoir, Pissarro, Sisley, Liebermann, Signac, Lautrec, Redon, Bonnard, Vuillard, Vlaminck, Dufy, Derain, Macke e Morandi são alguns dos artistas neste sector da exposição.
Guia: Anísio Franco
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 50 pessoas
Local de Encontro: MNAA – Jardim 9 de Abril
9 – ROTA DOS GOLFINHOS NO RIO SADO
Domingo, 28 de Maio
A bordo de embarcações tradicionais do Rio Sado, onde se requer a intervenção activa dos participantes nos procedimentos de bordo, vamos ao encontro da rota dos golfinhos, esperando poder apreciar as suas brincadeiras. Os Golfinhos Roazes são a imagem de marca deste Estuário, onde existe uma comunidade residente que continuamente busca os peixes e chocos que são a base da sua alimentação. Nas zonas de sapal é comum avistar-se o espectáculo magestoso de bandos de centenas de flamingos-rosa voando sobre o barco. O Estuário do Sado é uma Reserva Natural da mais elevada importância ambiental, pelas suas características ímpares de dimensão, orientação geográfica e condições naturais para reprodução e crescimento de muitas espécies vegetais e animais, de onde se destacam várias tipos de peixes, cefalópodes, moluscos e aves. O almoço é servido a bordo
Guia: Mário Ruivo
Horário: 9h30
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço
10 – COIMBRA DE ANTERO DE QUENTAL: BOM SENSO E BOM GOSTO
Sábado, 3 de Junho
Em 1865, depois de uma viagem a São Miguel, Antero regressa a Coimbra. Em Setembro desse ano, Castilho escreve ao editor António Maria Pereira uma carta, que será publicada como posfácio do Poema da Mocidade, de Pinheiro Chagas. Nela, o velho poeta discute poemas de Antero de Quental, Teófilo Braga e Vieira de Castro, ironizando particularmente sobre as Odes Modernas e sobre dois poemas de Epopeia da Humanidade, de Teófilo Braga. Antero resolve descer à liça e contestar ao seu velho mestre o direito de se arvorar em árbitro das letras nacionais – faz publicar uma carta-aberta a Castilho, Bom-senso e Bom-gosto, onde, exaltadamente, se insurge contra o desdém de Castilho relativamente à nova geração de poetas. E desencadeia-se a que é talvez a mais famosa polémica literária portuguesa, conhecida por Questão Coimbrã ou Questão do Bom Senso e Bom Gosto: A famosa Questão Literária ou Questão de Coimbra, que durante mais de seis meses agitou o nosso pequeno mundo literário e foi o ponto de partida da actual evolução da literatura portuguesa.
Guia: Ana Maria Almeida Martins
Horário: 8h
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço
11 – DE REGRESSO À ARRÁBIDA
Domingo, 4 de Junho
A Serra da Arrábida tem um sentido místico que lhe foi conferido pela extraordinária vegetação, muitas vezes com espicies únicas no mundo, mas também porque aí se instalou, em 1540, um cenóbio de frades da ordem reformada franciscana que tomou o nome da serra. Visitaremos a zona sob estes dois pontos de vista: por um lado uma descoberta da sua especiosa vegetação; por outro o contemplativo Conventinho da Arrábida, aberto sobre o estuário do Sado em verdadeira harmonia com a natureza num quadro de sabor mediterrânico.
Guias: Fernando Catarino / Anísio Franco
Horário: 9h30
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço
12 – COM GARRETT AO ENCONTRO DE PASSOS MANUEL: VIAGENS NA MINHA TERRA
Sábado e Domingo, 24 e 25 de Junho
Começamos esta viagem biográfrica em Lisboa, visitando a Rua da Quintinha (passando pela casa onde o estadista viveu) e Liceu Passos Manuel (com orador convidado para falar sobre a política de Ensino promovida por Passos Manuel). Ainda antes do almoço, que será no Grémio Literário, visitamos a Academia das Belas Artes. De tarde, será a vez do Teatro Nacional Dona Maria II e da Assembleia da República, após o que rumamos a Santarém onde jantamos e dormimos.
Iniciamos o 2º dia com um percurso pedestre do casco histórico e artístico de Santarém: Igreja da Graça, Igreja de São João de Alporão e Mercado. Obrigatória é a passagem pela Fundação Passos Canavarro, onde almoçamos e teremos a oportunidade de desfrutar a vista sobre a lezíria que Almeida Garrett imortalizou nas “Viagens na Minha Terra”.
De regresso a Lisboa passamos por Constância, com visita guiada ao Palácio (antiga residência da mulher de Passos Manuel).
Guias: locais
Horário: 10h
Duração: fim de semana
Limite: 40 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Alojamento; transporte; três refeições
Regras para marcação
e Tabela de Preços
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