.jpg)
O festival deste ano teve, sem dúvida, muito sucesso. Começou lentamente com pouca audiência no primeiro concerto do Teatro, uma resposta lamentável por parte das escolas ao concerto especial para crianças nas Lagoas e uma modesta aderência na Casa de Sá. A partir daí, as audiências foram crescendo e tornando-se cada vez mais entusiastas, culminando numa forte ovação, aplaudindo de pé a actuação final do “Elisir do Amor”. Turistas, membros de várias comunidades estrangeiras (Inglesa, Alemã e Americana) do Porto e Minho e muita população local, apreciaram o “rollicking romp” de Donizetti com os seus personagens exagerados e a explosão de artifícios musicais. Uma visitante que já tinha ouvido esta mesma Ópera mais de 15 vezes, disse que a produção da Opera Faber era de longe a melhor que já tinha ouvido.
Outros concertos foram também muito apreciados. A noite do concerto Barroco na Capela das Pereiras, o concerto no Paço da Glória descrito por muitos como “mágico”, as duas noites de fantástica Música de Câmara na Villa Moraes, lindíssima casa do Séc. XIX recentemente restaurada e que é agora a Sede de Valimar. Devemos agradecimentos à Directora Artistica Kalina Georgieva que criou o programa e a todos os artistas que investiram tanta energia, empenho e talento neste festival.
Estamos obviamente gratos à Câmara de Ponte de Lima pelo seu apoio logístico e financeiro, aos Bancos e Empresas que patrocinaram o festival, ao programa LEADER que co-financiou e aos proprietários da Casa de Sá e Paço da Glória, que nos permitiram usar as suas lindíssimas casas e a todos aqueles que compareceram e se divertiram.
Já iniciaram os planos para o festival de 2006. O que envolve não apenas o planeamento do programa e a escolha de quais os artistas a convidar, mas também assegurar que o festival seja financeiramente viável. Isto é, promovê-lo de forma mais abrangente e analisada, de maneira a que a economia local comece a benificiar do influxo de turistas culturais.
Quem faz o planeamento? E concretiza os planos? Um pequeno grupo de pessoas, maioritariamente voluntários. Isto é normal e saudável quando se inicia um novo festival mas rapidamente a Opera Faber tem de encontrar maneira de inserir profissionais e pagar aos colaboradores se o festival for apoiado. Os patrocínios têm aumentado cada ano mas ainda não cobrem o custo de uma infraestrutura sólida. O que precisamos é de um fundo de capital criado por doações e legados em simultâneo, assim como um aumento do número de Bancos e Empresas que farão um compromisso de patrocinar o festival por três anos no mínimo. Conhecem alguém que possa estar interessado em iniciar este “Tesouro”, quem sabe, em memória de alguém que tenha recentemente falecido ou como forma de agradecimento e felicitações?
O próximo ano
A ópera do próximo ano vai ser Don Giovanni de Mozart. Planeamos fazer três actuações na última semana do festival que vai decorrer de 8 a 22 de Julho. Iremos começar em grande com o primeiro concerto num dos esplêndidos jardins, pelos quais Ponte de Lima é recentemente conhecida, convidando cantores e uma orquestra completa. Estretanto haverá Recitais, Música de Câmara e uma noite de Opereta.
Um outro plano consiste em ter uma série de concertos agendados, com pré-reservas, para o Inverno. Gostavamos de ter um concerto mensal durante um período de 6 meses. Ao mesmo tempo que enriqueciamos a vida cultural da região, permitia que a Opera Faber trabalhasse com mais músicos portugueses e desenvolvesse projectos educacionais nas escolas locais. O programa podia abranger um leque desde madrigals e momets a trios de piano, quartetos, música instrumental e recitais. Seria disponibilizado um bilhete sazonal para a série completa, de forma a encorajar as pessoas a descobrirem que gostam mais de estilos musicais do que imaginam. Bilhetes individuais também seria disponibilizados. Vejam o nosso website, www.operafaber.org, para mais informações acerca desses novos concertos.
Comentários
“Se gosta de passeios espectaculares e noites ao som de música fabulosa num ambiente muito agradável, faça desde já reservas para o Festival da Opera Faber de 2006 em Ponte de Lima! Nós fomos este ano pela primeira vez e adorámos cada minuto”
A reacção de quatro turistas irlandeses ao Festival de Opera e Música Clássica de Ponte de Lima 2005.
“Pensei que a Opera era solene e aborrecida, nunca imaginei que pudesse ser tão alegre e divertida”; “Para quando um novo espectáculo?”
O comentário de dois Limianos.
