Reflexões

De 20 a 26 de Janeiro de 2003

Reflexão Actual 20-01-03 : ?Janeiro trouxe muitas novidades para o Centro Nacional de Cultura. A nova página na internet permitirá um contacto mais estreito com os nossos amigos, que poderão enviar os seus comentários e as suas sugestões. Em breve ..

 

 

De 20 a 26 de Janeiro de
2003

“Janeiro trouxe
muitas novidades para o Centro Nacional de Cultura. A nova página
na internet permitirá um contacto mais estreito com os nossos amigos,
que poderão enviar os seus comentários e as suas sugestões.
Em breve teremos um forúm, com temas de interesse
geral, mas pedimos, desde já, a todos que comecem a participar
com os vossos comentários. Queremos que este sítio,
seja um ponto de encontro das pessoas com uma ideia positiva de serviço
público e de ética de responsabilidade.

No próximo dia
31 de Janeiro, pelas 19 horas, no CiberChiado, iniciaremos a tertúlia
de debate sobre questões nacionais e internacionais, “Revista
do Mês”, com um painel fixo (Maria João Avillez, João
Amaral, Maria José Nogueira Pinto e eu próprio), que será
aberta ao público e terá o apoio da Rádio Renascença.
Será uma oportunidade para, num tom positivo e com uma conversa
animada, falarmos do que nos preocupa, sobre o presente e o futuro.

Este ano, comemoraremos
os 40 anos da revista “O Tempo e o Modo”, nascida na Livraria
Moraes, aqui no “nosso” Largo do Picadeiro, onde está
o nosso CaféNoChiado. Em Outubro, haverá um grande Colóquio
Internacional e publicaremos uma antologia da revista para coleccionadores.
Recordaremos, assim, olhando-o hoje, um projecto fundamental no panorama
cultural português, que foi dirigido por António Alçada
Baptista e João Bénard da Costa, a que estiveram ligados
muitos amigos – como Pedro Tamen, Nuno Bragança, José Escada,
Jorge de Sena, Eduardo Lourenço, Helena e Alberto Vaz da Silva
e tantos outros?

Na semana que passou,
António Alçada Baptista falou ao “Diário de
Notícias”. É sempre bom lê-lo. “Quem perde
a memória” – diz – “sai do mundo”. E mais: “as
pessoas já nem sabem o que são valores essenciais como a
liberdade, os afectos e a tolerância. São valores que devemos
tomar e guardar na memória para os usar e transmitir. Existe uma
sociedade em que as pessoas têm liberdade mas não há
referências. Não me interessa a liberdade para ir fazer compras
aos hipermercados. Interessa-me a liberdade para viver com valor a minha
vida, para me enfrentar comigo próprio”. O António
costuma lembrar-nos, citando Adorno, que é preciso termos consciência
“sobre que espécie de ignorância está assente
o nosso saber”. E o que nos salva? “É a nossa vida pessoal
e a maneira como tratamos os outros”? Uma cultura de pessoas?”

Guilherme d`Oliveira
Martins
Presidente do Centro Nacional de Cultura

 

 

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