As trovas do Bandarra são impressas em 1603 pela primeira vez, em Paris, por obra de D. João de Castro (Paráfrase e Concordância de Algumas Profecias de Bandarra, Sapateiro de Trancoso).
Sapateiro com loja aberta em Trancoso, terra da sua naturalidade, deu em versejar umas “esquisitices” de bom agrado para os cristãos-novos e de mau agoiro para a Inquisição. Mais tarde, foram aproveitadas as profecias para servirem o mito nebuloso do regresso de D. Sebastião, o “Encoberto”, a causa dos revoltosos e restauradores de 1640, a derrota de Napoleão em terras lusas e o mito do Quinto Império, incendiado pelo Padre António Vieira e por Fernando Pessoa.