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1º TRIMESTRE 2013 – PASSEIOS DE DOMINGO

1º TRIMESTRE 2013
PASSEIOS DE DOMINGO


 


[1] JOÃO DE ALMEIDA EM EXPOSIÇÃO NA CASA-MUSEU MEDEIROS E ALMEIDA
Sábado, 19 de janeiro


O que têm em comum a Igreja de Sto. António de Moscavide, o Museu Nacional de Arte Antiga e os novos Paços do Concelho de Lisboa? O arquiteto João de Almeida. Com 85 anos, é o rosto vivo de uma época de ouro da arquitetura nacional, religiosa e civil. Esta exposição dá a conhecer ao grande público a obra do artista que contribuiu para alguns dos movimentos da arquitetura portuguesa na segunda metade do século XX. Inclui arquitetura religiosa e civil, design de ourivesaria sacra e mobiliária, e até pintura.
Na génese desta iniciativa está o papel que o fundador da Casa-Museu, António Medeiros e Almeida, teve no percurso de João de Almeida, seu sobrinho, ao oferecer-lhe a formação no estrangeiro entre 1949 e 1952. Vale mesmo a pena conhecer o artista nesta exposição na Casa-Museu Medeiros e Almeida.


Guia: João de Almeida
Horário: 10h30
Duração: manhã
Limite: 35 pessoas
Local de Encontro: Rua Rosa Araújo, nº 41 – Lisboa



[2] “CHARLES LANDSEER” EXPOSIÇÃO DESENHOS E AGUARELAS DE PORTUGAL E DO BRASIL, 1825-1826
ESPIONAGEM NA LINHA
CASCAIS
Domingo, 20 de janeiro

A Fundação D. Luís I apresenta a coleção de aguarelas e desenhos de Charles Landseer, conhecida sob a designação de Álbum Highcliffe, que, em Portugal e no Brasil, fixou muitos aspetos das regiões que visitou: paisagens, fortificações, raças humanas, etc. Charles Landseer
permaneceu durante três meses em Lisboa e dez meses no Brasil, integrado numa missão diplomática britânica encarregada de negociar o reconhecimento por Portugal do Brasil independente, país onde chegou a bordo do HMS Wellesley. Na viagem de ida o navio zarpou de Inglaterra, passando por Lisboa, Madeira e Tenerife e no regresso, vindo do Rio de Janeiro, fez escala nos Açores e novamente em Lisboa, antes de rumar ao país de origem.
Anos 40… No meio do “glamour” do Casino e do Hotel Palácio, rodopiavam mulheres bonitas e sensuais, homens aprumados e vistosos, espiões, refugiadas com os seus cabelos e formas de estar tão próprias que fizeram moda, homens e mulheres que procuravam passar despercebidos com as suas vestes cinzentas e apagadas. Por todo o Mundo se ouvia o troar das armas de fogo enquanto no Estoril a guerra era outra; era feita em surdina, era a guerra
da espionagem e contraespionagem, das conspirações e das intrigas políticas. Por aqui passaram Reis, Arquiduques, Condes e um sem número de personagens que, vindas de toda a Europa, aqui encontravam refúgio e abrigo permanente ou temporário.


Guia: Natércia Caneira (CCGandarinha) e José António Barreiros
Horário: 9h30
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço



[3] MUSEU GULBENKIAN : EXPOSIÇÕES AS IDADES DO MAR | UM CHÁ PARA ALICE
Sábado, 26 de janeiro


O mar é uma entidade física imensa que, com especial significado na história e cultura portuguesa, tem um valor universal, enquanto veículo de comunicação para a economia, a política e a cultura. Mais do que explanar uma história das relações que as sociedades ocidentais estabeleceram com o mar ao longo destes séculos, procura-se identificar as matrizes do seu imaginário através da pintura dos diferentes territórios e épocas. Reuniram-se representações deste ou a ele associadas e construiu-se o discurso da exposição em seis núcleos estruturados em diacronia e diversidade geográfica, segundo eixos temáticos.
Celebrar a figura central do clássico de Lewis Carroll através de algumas das mais sugestivas ilustrações contemporâneas é o propósito da exposição “Um Chá para Alice”. A exposição reúne uma centena de originais de alguns dos melhores ilustradores contemporâneos que apresentam o seu olhar único sobre uma obra que sempre constituiu uma inesgotável fonte de inspiração de artistas de todo o mundo: Alice no País das Maravilhas. A estreita colaboração com a Biblioteca de Munique permite incluir nesta mostra um grande número de edições antigas e modernas deste conto que podem ser consultadas pelo público.


Guia: Museu Gulbenkian
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 30 pessoas
Local de Encontro: Fundação Calouste Gulbenkian Edifício Sede, junto à Receção



[4] PAVILHÃO TAILANDÊS EM BELÉM
Domingo, 27 de janeiro


Uma obra única, coberta de folhas de ouro, embeleza agora os jardins de Belém, em Lisboa. O pavilhão tailandês, que assinala 500 anos de amizade entre os dois países, foi construído em Banguecoque e transportado de barco até ao Jardim Vasco da Gama em Belém, numa viagem de poucos dias, seguindo um percurso semelhante ao que os marinheiros portugueses fizeram há cinco séculos, quando pela primeira vez chegaram àquele país asiático. Foi em 1511 que o navegador português Duarte Fernandes chegou a Ayuthaya, capital do Reino do Sião. Recebido na corte do rei Ramatibhodi II, deu início a uma aliança entre os dois países que se mantém até hoje. Dourado e com quatro aberturas remete para a cidade dos anjos, Banguecoque, e para o Mosteiro dos Jerónimos, obra que inspirou o arquiteto Athit Limmu e que acabou por representar o “símbolo da amizade” entre os dois países. O telhado foi coberto com placas que se assemelham à pele de um dragão ou às escamas de um peixe, enquanto os pináculos são anjos estilizados. Na parte de baixo existe um quase varandim inspirado nas ogivas dos Jerónimos em tons verdes. Porém, é o dourado a cor dominante, conseguida com mil finas folhas de ouro.


Guia: Kasemsan Thongsiri – Embaixada da Tailândia em Portugal
Horário: 11h
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Jardim de Belém



[5] ESCRITORES EM SINTRA
Sábado, 2 de fevereiro


Cintra, amena estância,
Throno da vecejante primavera,
Quem te não ama?
Quem te não ama? Quem em teu recinto?
Uma hora de vida lhe ha corrido,
Essa hora esquecerá?
Almeida Garrett
O cenário verdejante de Sintra inspirou grande parte da obra de Ferreira de Castro quando se hospedava no Hotel Netto, de cujas janelas podia apreciar a serra. Esse fascínio era tão grande que o seu desejo era ficar integrado de corpo e alma na natureza. De facto assim aconteceu. Os seus restos mortais repousam desde 1974 sob um banco talhado na rocha, no caminho que leva até ao Castelo dos Mouros. Eça instalava-se na Quinta da Amizade, propriedade de Carlos Sasseti, de quem era amigo. Assim, não admira que aqui trouxesse algumas das personagens do seu romance Os Maias. Carlos, na esperança de encontrar Maria Eduarda, vai até à «velha Lawrence», o primeiro hotel a abrir as suas portas na Península Ibérica e a Seteais irá depois Eça levar o Cruges.
Lord Byron, poeta inglês da primeira metade do século XIX e que influenciou os nossos românticos, considerou esta vila a mais bonita do mundo. Beckford (séc. XVIII), autor de muitos livros de viagens, foi talvez o responsável pela vinda de Byron a Sintra. Beckford instalou-se aqui no Palácio de Monserrate, redecorou-o e fez obras no jardim. Quando Byron aqui chegou já a vivenda se encontrava abandonada mas, não obstante, o poeta considerou o Parque «o mais lindo deste reino». O Éden cantado por Byron no seu Childe Harold’s Pilgrimage fica aqui: plantas de todos os continentes, desde os fetos da Austrália, às Yucas do México e ainda os bambus do Japão, conferem a este lugar uma nota exótica, tão ao gosto do homem romântico.


Guia: Associação Alagamares
Horário: 10h
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço



[6] LISBOA STORY CENTRE
Domingo, 3 de fevereiro


Os vários episódios que compõem a História de Lisboa e alguns dos seus protagonistas são agora apresentados no Lisboa Story Centre, onde todos são convidados a realizar uma viagem no tempo e descobrir as memórias da cidade, desde a sua fundação até dias de hoje. O percurso da visita está organizado em seis núcleos fundamentais: Lisboa: Mitos e Realidades, onde se aborda o Rio, a Terra, o Mar, o Céu, Primórdios mitológicos, Colonizadores e conquistadores e as Muralhas da Cidade. Segue-se o núcleo Lisboa: Cidade Global, que apresenta a Cidade Cosmopolita, o Armazém do Mundo, Para Além do Horizonte, o Padre Voador, a Cidade Magnificente, Morte e Política e a Igreja. Na secção dedicada ao 1 de novembro de 1755, o dia de Todos os Santos, é abordado o Terramoto e a cidade em ruínas, passando para o núcleo sobre a Visão de Pombal que apresenta o Planeamento da Cidade Moderna. E, por fim, o núcleo Terreiro do Paço, no qual é abordada a Praça: Política e Lazer.


Guia: Lisboa Story Centre e José Sarmento de Matos
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 35 pessoas
Local de Encontro: Terreiro do Paço – ala nascente



[7] COIMBRA
Sábado e Domingo, 9 e 10 de fevereiro


A reabertura do Museu Nacional Machado de Castro, em pleno, é um bom motivo para regressarmos a Coimbra. Depois de vários anos encerrado, vamos conhecer os melhoramentos, os restauros, o novo Museu, 100 anos após a sua inauguração. As coleções espelham a riqueza da Igreja e a importância do mecenato régio, às quais se devem muitas das suas obras de arte e alfaias religiosas de maior valia. A escultura monocromática ou polícroma em madeira e pedra ocupa lugar cimeiro mas também os núcleos de pintura, ourivesaria, cerâmica e têxteis se impõem com igual importância e representatividade para a arte importada e a produção nacional. Distinguem-se ainda as coleções arqueológicas provenientes da cidade e as de arte oriental. Teremos ainda tempo para conhecer o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra: é um museu interativo que procura dar a conhecer a ciência a partir das coleções de instrumentos científicos da Universidade de Coimbra e de um conjunto de experiências e atividades que envolvem o visitante. A requalificação do Laboratorio Chimico, edifício único, representativo da história da Química, constitui a primeira fase de um projeto que visa constituir um grande pólo nacional de divulgação de ciência e de museologia científica.


Guia: Anísio Franco
Horário: 7h15 (o comboio parte às 8h)
Duração: fim de semana
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Átrio Estação Santa Apolónia (junto às bilheteiras)
Transporte; 3 refeições



[8] MACHADO DE CASTRO FORA DO MNAA II – BASÍLICA DA ESTRELA
Sábado, 23 de fevereiro


A obra mais conhecida de Machado de Castro na Basílica da Estrela é, sem dúvida, o presépio. Constituído por mais de 500 figuras este presépio em terracota policromada é uma obra de referência nacional do século XVIII (cerca de 1782/83) e encontra-se montado numa estrutura de madeira e cortiça. Tal como nos outros presépios barrocos tem representados seis momentos: a Natividade como cena central, a Adoração dos Reis Magos; a adoração dos pastores e populares, o Cortejo Régio, a anunciação aos pastores e a Matança dos Inocentes.
O espaço restante é preenchido por figuras do povo em cenas da vida quotidiana. Cinco nuvens estão suspensas com anjos e querubins. Na grande fachada da igreja também podemos encontrar estátuas atribuídas à oficina daquele mestre. Esta monumentalidade e efeito cénico próprios dos edifícios do Barroco, eram usadas para cativar os fiéis, prolongando todo o espetáculo para fora.


Guia: Anísio Franco
Horário: 15h
Duração: tarde
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Basílica da Estrela



[9] NISA
Sábado, 2 de março


Convidados pela Nisa Viva – Associação dos Naturais e Amigos do Município de Nisa o Centro Nacional de Cultura vai voltar a esta região para uma redescoberta dos seus tesouros. Começando pelo castelo de Amieira do Tejo, o nosso passeio percorre várias épocas da História desde a época megalítica até ao património mais recente do Centro Histórico da vila. Em 1199 D. Sancho I doa a Herdade da Açafa à Ordem do Templo; este território era delimitado a norte pelo Rio Tejo e a sul detinha parte do território dos atuais concelhos de Nisa, Castelo de Vide e parte do território espanhol junto à atual fronteira. Estas doações tinham como objetivo fixar moradores em zonas ermas e despovoadas e consequentemente defender o território. Os Templários edificaram uma fortaleza que os defendesse dos infiéis e sinalizava a posse desses territórios. Ao mesmo tempo o monarca anuncia a vinda de colonos franceses, que chegaram de forma faseada, sendo o último grupo destinado ao povoamento do território da Açafa. Instalaram-se junto das fortalezas construídas pelos monges guerreiros e aí ergueram habitações, fundaram aglomerados populacionais a que deram o nome das suas terras de origem. É neste sentido que surge possivelmente o de Nisa, ou seja sendo os primeiros habitantes oriundos de Nice, ergueram aqui a sua “ Nova Nice” ou melhor dizendo, a Nisa a Nova, que encontramos nos documentos, e quando surge o termo Nisa a Velha, este refere-se à sua antiga terra de origem, a Nice francesa.


Guia: António Rebordão Montalvo (presidente Associação Nisa Viva)
Horário: 8h30
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço



[10] ANADIA
Domingo, 3 de março


Tratando-se de um concelho com quase cinco séculos de existência, Anadia conheceu ao longo da sua história sucessivas mutações de caráter administrativo, algumas delas ocorridas muito recentemente, e que acabaram por resultar na repartição do seu território nas atuais quinze freguesias civis e na sua ligação ao distrito e à diocese de Aveiro. Um dos principais motivos da nossa visita é o Aliança Underground Museum, um espaço expositivo que se desenvolve ao longo das tradicionais caves da Aliança Vinhos de Portugal. Contemplando oito coleções distintas, este equipamento museológico versa áreas como a arqueologia, etnografia, mineralogia, paleontologia, azulejaria, cerâmica e estanharia abrangendo uma impressionante extensão temporal com milhões de anos. Inseridos no grande universo da Coleção Berardo, estes acervos resultam do cuidado constante do colecionador José Berardo, em imunizar peças e obras de arte, de múltiplas origens e espécies, com significado por vezes histórico, por vezes sentimental.


Guia: Anísio Franco
Horário: 8h30
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço)



[11] FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO
Sábado, 9 de março


“A Fundação José Saramago nasceu porque uns quantos homens e mulheres de diferentes países decidiram um dia que não podiam deixar sobre os ombros de um só homem, o escritor José Saramago, a bagagem que ele havia acumulado ao longo de tantos anos, os pensamentos pensados e vividos, as palavras que cada dia se empenham em sair das páginas dos livros para se instalarem em universos pessoais e serem bússolas para tantos, a ação cívica e política de alguém que, sendo de letras e sem deixar de o ser, transcendeu o âmbito literário para se converter numa referência moral em todo o mundo. Por isso, para que José Saramago pudesse continuar a ser o mesmo, soubemos que tínhamos a obrigação ética de criar a Fundação José Saramago e assim, dando abrigo ao homem, aumentarmos o tempo do escritor, sermos também a sua casa, o lugar onde as ideias se mantêm, o pensamento crítico se aperfeiçoa, a beleza se expande, o rigor e a harmonia convivem. Somos o que diz o papel que José Saramago assinou em Lisboa em 29 de junho de 2007. Somos a Fundação José Saramago”


Guia: Pilar del Rio
Horário: 11h
Duração: manhã
Limite: 35 pessoas
Local de Encontro: Casa dos Bicos – Rua dos Bacalhoeiros



[12] OS QUIOSQUES DE REFRESCO
Domingo, 10 de março


Todos diferentes todos iguais, os quiosques da Praça Luís de Camões, do Jardim do Príncipe Real, da Praça das Flores e do Largo de S. Paulo vieram dar cor e personalidade a Lisboa. A ideia de Catarina Portas e João Regal de recuperar o conceito dos populares quiosques de refrescos dos séculos XIX e XX caiu que nem uma luva na capital e hoje os quiosques já fazem parte da paisagem urbana e social da cidade. Desde o século XIX que estas construções estilo Arte Nova conquistaram a cidade. Cada um tinha a sua especialidade: flores, tabaco, jornais, gelados, café e refrescos. Importantes pontos de encontro, que com o passar do tempo foram perdendo importância e degradaram-se. Em abril de 2009 e após largos meses de recuperação, os quiosques reaparecem em força em Lisboa e de cara lavada. O Quiosque do Príncipe Real realçou o seu cor-de-rosa original, o das Flores foi forrado a mármore branco e ganhou uma cúpula beringela e o do Camões veio das Amoreiras e aterrou de grua no centro da cidade. Agora as suas esplanadas pululam de gente e convidam a um copo e dois dedos de conversa. Ninguém lhes fica indiferente.


Guia: João Regal | Anísio Franco
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Jardim do Príncipe Real , junto ao quiosque cor de rosa



[13] COSTA DE PRATA
Sábado e Domingo, 16 e 17 de março


Alguns dos locais históricos e religiosos e das arquitecturas mais interessantes de Portugal podem ser encontrados nesta região, no centro/norte do país. O ex-líbris de Santa Maria da Feira é o seu castelo. Esta cidade deve o seu nome a uma longa tradição: já em 1117 um documento menciona a “Terra de Santa Maria, um local a que chamam Feira”, fazendo referência às feiras e mercados que aqui se realizavam, nos terrenos junto ao monte onde se ergue o castelo. Outro dos mais interessantes pontos de visita nesta região é a cidade de Ovar. Situada no extremo norte da Ria de Aveiro, Ovar foi elevada a cidade em 1984. É actualmente conhecida como a “Cidade Museu do Azulejo”, datando os mais antigos do século XVIII. Não deixaremos também de conhecer Oliveira de Azeméis. É uma importante localidade desde tempos imemoriais, sendo um local com presença humana comprovada, desde pelo menos 2000 a.C., nos castros de Ul e de Ossela. Em Oliveira de Azeméis existem alguns exemplares das magníficas “casas de Brasileiro”, casas estas que correspondem às habitações construídas pelos emigrantes de “torna viagem”, que se deslocaram para o Brasil, no século XIX, e por lá fizeram fortuna, regressando depois a Oliveira de Azeméis, para construir casas com uma imagem própria, que traduzem o seu estatuto social e económico.


Guia: Adélia Caldas
Horário: 7h00 (o comboio parte às 7h30)
Duração: fim de semana
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Átrio Estação Santa Apolónia (junto às bilheteiras)
Transporte; 3 refeições



[14] O FUTURO MUSEU DO DINHEIRO | BANCO DE PORTUGAL
Sábado, 23 de março


Onde antes estavam encaixadas casas-fortes cheias de dinheiro, surge agora o que resta de um antigo altar-mor. Onde anteriormente estacionavam carros, abre-se agora, clara e limpa, a nave principal do templo. Depois de mais de dois anos de trabalhos, o Banco de Portugal apresenta a obra de recuperação da antiga Igreja de São Julião, na Baixa de Lisboa. O edifício, que durante anos serviu de armazém, foi recuperado com um projeto dos arquitetos Gonçalo Byrne e João Pedro Falcão de Campos que fez ainda “crescer” um piso as partes laterais da igreja, que passaram assim a cumprir o plano que o Marquês de Pombal fez para a Baixa depois do terramoto de 1755, e que até agora a Igreja de São Julião não cumpria. A igreja, originalmente do século XVII, mas reconstruída depois do terramoto, está integrada num quarteirão que pertence todo ele ao Banco de Portugal, e a sua recuperação foi uma tarefa de grande complexidade, não só pelas descobertas arqueológicas mas também pelas exigências atuais de segurança e conforto. Durante as obras de restauro foi ainda descoberta uma parte da muralha de D. Dinis, classificada como monumento nacional. No passado o Tejo chegava até ao local e a muralha foi construída precisamente para proteger a população de ataques vindos do mar. Durante as escavações foram encontrados mais de 100 mil fragmentos cerâmicos, dos períodos islâmico e romano, e ainda um vestígio do Paço Real da Ribeira, que vinha encostar à muralha.
 
Guia: Museu do Banco de Portugal
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Igreja de São Julião, junto à Praça do Município



[15] VILA NOVA DA BARQUINHA
Domingo, 24 de março


O concelho de Vila Nova da Barquinha é detentor de um vasto, variado e rico património natural, arqueológico e arquitetónico. Romanizado e mais tarde conquistado pelos mouros, este território transformou-se num local de grande relevância estratégica. No período da Reconquista Cristã, foram sendo erguidas fortificações, nesta região, de forma a assegurarem a defesa das investidas muçulmanas, de entre as quais se destaca o Castelo de Almourol. Fortaleza reconstruída por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, em 1171, é o ex-libris do concelho A sua singular localização – rodeado pelas águas do Tejo – torna-o um dos mais bonitos monumentos do país. Em 2012 esta localidade acolheu um projeto único em Portugal, o Parque de Escultura Contemporânea Almourol. Pela primeira vez em Portugal, existe um espaço com o melhor da escultura contemporânea portuguesa, cobrindo autores e obras cujo trabalho se desenvolveu da década de 60 até à atualidade.


Guia: Anísio Franco
Horário: 8h30
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço

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