Deixou-nos um grande poeta, reconhecido internacionalmente. A cultura de língua portuguesa fica mais pobre. A sua obra multifacetada reconhece as raízes antigas desde aos trovadores até a modernidade. Um caso único que perdurará! Lê-se com deslumbramento. Era um grande amigo do CNC. Enviamos sentidas condolências à Manuela Júdice e família!
Nota Biográfica
Morreu este domingo em Lisboa, aos 74 anos, o poeta, ensaísta, ficcionista e professor universitário Nuno Júdice. Vítima de cancro, estava internado no Hospital da Luz, em Lisboa.
Júdice, natural do Algarve (nasceu em 1949 na Mexilhoeira Grande, Portimão), é autor de uma extensíssima obra literária e ensaística, sendo há muito anos o diretor da revista “Colóquio-Letras”, da Fundação Gulbenkian. Dirigiu também a revista “Tabacaria”, da Casa Fernando Pessoa, e foi conselheiro Cultural na embaixada de Portugal em França, de 1997 a 2004. Organizou a Semana Europeia da Poesia, no âmbito da Lisboa’94 – Capital Europeia da Cultura.
De 1992 até 1997 foi professor do ensino secundário e depois professor universitário, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova.
Recebeu inúmeros prémios pela sua obra, entre os quais o Prémio de Poesia Pablo Neruda, o Prémio do Pen Club, o da Associação Portuguesa de Escritores, o prémio ibero-americano Rainha Sofia de Espanha, o Prémio Review 2000 da Associação Internacional de Críticos Literários, o Prémio de Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários.
Autor também de algumas peças teatrais, tem obra traduzida em diversos países, da Espanha à China, passando pelo Irão e o Líbano.
Em junho de 1992 foi agraciado pelo Presidente Mário Soares com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e em 7 de junho de 2013 foi elevado pelo Presidente Jorge Sampaio a Grande-Oficial da mesma ordem.
in Diário de Notícias | 17 de março de 2024
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias