Marrocos, tão perto e tão longe.
Apesar de perto do nosso sul, tanto em distância como, em parte, no clima e no território, os portugueses sempre partiram para Marrocos como quem parte para um mundo distante. Ainda hoje, os muitos turistas portugueses que visitam as suas praias magníficas, as suas cidades sagradas, e atravessam o Anti-Atlas e o Rif procuram sobretudo o exótico, sem suspeitarem quanto de raízes comuns aquela terra abriga.
Ceuta foi, no século XV, o primeiro destino além-mar dos navegadores portugueses. O litoral atlântico, tão procurado no século XXI por novos viajantes, de El Jadida a Agadir, passando por Safi e Aguz, esconde vestígios de uma presença e de um convívio de mais de dois séculos, feito não apenas de guerras e guerrilhas mas também de interpenetração cultural.
O itinerário dos muitos locais com memórias portuguesas proposto pelo historiador Rui Rasquilho – que conhece palmo a palmo o terreno, porque soube aproveitar bem os largos anos que lá passou em funções diplomáticas – é completado de maneira estimulante pela visão de José Luís de Matos, arqueólogo e islamista, que põe a tónica na convivência e na integração natural das culturas e da fés vividas aqui, como em todo o mediterrâneo, ao longo dos séculos.
Esperamos que este Guia, publicado com o imprescindível apoio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, sirva o objetivo primeiro de aproximação de Portugal a Marrocos, com vista ao desenvolvimento de uma cooperação em diversos domínios, mas também o objetivo mais lato de contribuir para o ressurgimento de um espaço cultural euro-mediterrânico.
Edição: Centro Nacional de Cultura
Apoio: Agência Portuguesa de Apoio ao Desenvolvimento e do Banco de Portugal
Abril 2003
Guia em Português à venda no CNC.
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