2º TRIMESTRE 2013
PASSEIOS DE DOMINGO
[1] FUNDAÇÃO ARPAD SZENES – VIEIRA DA SILVA | EXPOSIÇÃO “OS DESASTRES DA GUERRA”
Sexta, 12 de abril
“Os Desastres da Guerra, pintura e desenho de Graça Morais, inaugura o ciclo de exposições temporárias do ano de 2013, na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva.
(…) O trabalho de Graça Morais trata do Tempo e do Lugar. Ela construiu a sua imagem investigando memórias e transformando realidades: a do Portugal rural que mudava e perdia o seu tempo e o seu lugar no Mundo. Através dela vimos Trás-os-Montes agarrando-se à longura do céu, à dureza do ar, à antiguidade da voz, à violência de uma beleza esquecida. As duas séries que agora se apresentam (…), surgem claramente como sobressalto cívico. Graça Morais reage, já não apenas a um presente que perde o seu passado mas a um presente que perde também o seu futuro. As longas e intensas cenas rurais de Graça Morais olhavam um mundo que lentamente se desagregava, eram uma acção de conservação, uma homenagem. Agora, são uma denúncia, um alerta.
O tempo, aqui, é imediato e o espaço também – e ambos desabam vertiginosos sobre nós.”
[Excerto do texto de João Pinharanda, em catálogo]
Guia: Graça Morais
Horário: 15h
Duração: tarde
Limite: 20 pessoas
Local de Encontro: Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva | Jardim das Amoreiras
[2] CICLO HISTÓRIA DO(S) TEATRO(S) | CONSERVATÓRIO DE LISBOA
Sábado, 13 de abril
O Conservatório foi fundado por Garrett em 1836, com a designação de Conservatório Geral de arte Dramático, e absorveu, desde o início, a escola de Música, essa por sua vez criada em 1835 por José Domingos Bontempo e herdeira da velha escola joanina da Patriarcal. O ensino da música e do teatro coexistiram no velho Convento dos Caetanos até finais do século passado, no edifício setecentista, devidamente modernizado sem destruir a traça arquitetónica que resistiu ao Terramoto. O edifício atual foi assim valorizado por sucessivas adaptações à atividade cultural. Destaca-se designadamente o salão de concertos, com tetos de Malhoa, o estúdio de teatro, os painéis de Domingos Rebelo evocativos de músicos e dramaturgos e a antiga biblioteca.
No final da visita haverá um breve programa musical no salão nobre.
Guias: Duarte Ivo Cruz e Maria José Borges
Horário: 10h30
Duração: manhã
Limite: 35 pessoas
Local de Encontro: Rua dos Caetanos, nº 29
[3] MUDE – MUSEU DO DESIGN E DA MODA | EXPOSIÇÃO “100 ANOS DE ARQUITETURA DE INTERIORES EM PORTUGAL”
Sábado, 20 de abril
Trata-se de uma exposição dedicada aos 100 anos de criação multidisciplinar em ambientes arquitetónicos que, dada a sua efemeridade, não só a seu tempo revelaram mais rapidamente o ar do tempo, como foram particularmente dados ao desaparecimento e a uma rápida e letal substituição. Para além de uma perspetiva histórica consistente do Design e da arquitetura dos interiores Contemporâneos em Portugal, a exposição fornece uma visão abrangente da própria evolução industrial, convocando, para além do mobiliário, o vidro, a cerâmica, a porcelana, o design gráfico e de comunicação, os têxteis e a moda, bem como a própria arquitetura e as artes Visuais. Em cada um dos núcleos temáticos correspondentes ao percurso cronológico do século, faz-se, por um lado, a reconstituição otográfica e tridimensional de um espaço público arquétipo, devidamente acompanhada por documentação e objetos da época, e, por outro, a criação de um diorama de um espaço privado onde o público assume a posição de voyeur de um passado desaparecido.
Guia: Rui Afonso santos – Comissário Científico da Exposição
Horário: 15h00
Duração: tarde
Limite: 30 pessoas
Local de Encontro: MUDE – Rua Augusta, 24
[4] “TRAFARIA PRAIA” – PAVILHÃO PORTUGUÊS NA BIENAL DE VENEZA
Sábado, 27 de abril
A artista plástica Joana Vasconcelos apresentou no estaleiro da Navaltagus, no seixal, o cacilheiro que será, a partir de final de Maio, o “pavilhão flutuante” de Portugal na 55ª Bienal de artes plásticas de Veneza. O “Trafaria Praia”, já desativado, está a sofrer obras de adaptação e será revestido a azulejos que mostram Lisboa vista a partir do rio – uma ideia inspirada pelo Grande Panorama de Lisboa que se encontra no Museu do azulejo e apresenta a cidade, vista a partir dessa mesma perspetiva, antes do terramoto de 1755. No interior terá uma instalação têxtil com a qual Joana Vasconcelos pretende criar um “ambiente uterino”. Na parte superior do cacilheiro será instalado um palco onde a artista e o comissário do projeto, Miguel amado, pretendem apresentar uma programação de música, debates e conferências com diferentes convidados.
Guia: Joana Vasconcelos
Horário: 10h00
Duração: manhã
Limite: 35 pessoas
Local de Encontro: entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
[5] ATELIER-MUSEU JÚLIO POMAR
Sábado, 4 de maio
O atelier-Museu Júlio Pomar está instalado num antigo armazém do século XVii, próximo da igreja de Nossa senhora de Jesus, às Mercês. O projeto de recuperação do edifício é da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira e a requalificação do espaço prolongou-se por vários anos; em 2010 foi decidido, em conjunto com o artista, transformar o edifício num museu, sendo o principal objetivo conservar e divulgar a sua obra. Pintor e escultor nascido em Lisboa, em 1926, Júlio Pomar é um dos mais importantes criadores da arte moderna e contemporânea em Portugal. A criação do atelier-museu é da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa e da Fundação Júlio Pomar, que pretendem fazer dele um espaço de discussão crítica, onde é possível receber outros criadores e pensadores encontrar um acervo de várias centenas de obras, doadas pelo artista à Fundação Júlio Pomar, com pintura, escultura, desenho, gravura, cerâmica, colagens e assemblage.
Guia: Sara Antónia Matos – Diretora
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 35 pessoas
Local de Encontro: rua do Vale, nº 7 (junto ao Largo de Jesus)
[6] BOMBARRAL
Domingo, 5 de maio
Pensa-se que o topónimo do Bombarral tem origem no facto de se extrair bom barro do seu solo. Para além da sua riqueza histórica, materializada sobretudo nas capelas e solares espalhados pelas várias freguesias, o concelho apresenta belezas naturais como a mata municipal, a lagoa do ruão e a gruta do rio com corrente subterrânea. Dos antigos solares destaca-se o Palácio dos Henriques, reconstruido em 1751. Vendido a J. Pedro Barbosa e depois legado à família Pereira soares, foi adquirido para Paços do Concelho, inaugurados em 1949. Inclui o jardim municipal das Quatro estações e a Mata Municipal. Visitaremos também o Palácio Gorjão, construção inacabada do século XVi com portal brasonado, que pertenceu aos Cunhas e Coimbras. A fachada apresenta certa imponência, com austera decoração de cantaria. Após aquisição pela Câmara Municipal e obras de restauro e adaptação, nele foram instalados ateliers, o Museu Municipal e o Posto de Turismo.
Teremos ainda tempo para visitar o Buddha Éden Garden, um espaço idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, naquele que foi um dos maiores actos de barbárie cultural e apagou da memória obras primas do período tardio da arte de Gandhara.
Guia: Lourenço de almeida e José Manuel Vieira (Presidente da Câmara do Bombarral)
Horário: 09h00
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Entrecampos: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço
[7] TESOUROS DE BRAGA
Sábado e Domingo, 11 e 12 de maio
Há sempre bons motivos para voltar a Braga. Desta vez a nossa atenção centrar-se-á em Museus desconhecidos da maioria do grande público. No entanto, não podemos deixar de voltar ao Mosteiro de Tibães e ao Museu dos Biscaínhos. Começamos pela Casa-Museu Nogueira da silva, onde encontramos o espólio daquele pintor que foi doado à Universidade do Minho em 1975, composto por pintura, escultura, ourivesaria, mobiliário e cerâmica. O Museu D. Diogo de sousa dedica a sua coleção à arqueologia; num espaço moderno da autoria dos arquitectos Carlos Guimarães e Luís soares Carneiro, realiza-se uma viagem no tempo – do Paleolítico até à alta idade Média, com especial destaque para a vivência da época romana, em “Bracara augusta”. Vão também merecer a nossa visita o Museu Pio Xii, com uma notável coleção de pintura, e o novíssimo Museu da sé. Visitaremos ainda a Casa de sezim, edifício particularmente significativo, onde contamos que se realize uma das refeições.
Guia: Anísio Franco
Horário: 06h15 (o comboio parte às 7h)
Duração: fim de semana
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Átrio estação santa Apolónia (junto às bilheteiras)
Transporte; 3 refeições
[8] CICLO HISTÓRIA DO(S) TEATRO(S) | TEATRO D. MARIA II
Sábado, 18 de maio
Importa lembrar que o Teatro D. Maria ii foi fundado por iniciativa de almeida Garrett, que no texto da reforma do teatro em Portugal, encomendada em 1836 por Passos Manuel, inclui, logo no art.º 2º, a criação de uma “sociedade para a Fundação de um Teatro Nacional”. A chamada “sociedade de capitalistas” demorou tempo a constituir-se e acabou por ser o Conde de Farrobo o grande impulsionador do projeto, da autoria do então jovem arquiteto italiano Francesco Lodi – não por acaso, primo da Condessa de Farrobo… em qualquer caso, o Teatro D. Maria, chamado de almeida Garrett durante a primeira república, constitui hoje um exemplo magnífico da melhor arquitetura teatral e de espetáculo do seculo XIX, valorizada ao longo do tempo: destaca-se por exemplo o teto de Columbano. E tudo isto resistiu ao terrível incêndio de 1964. Devidamente restaurado, modernizado no ponto de visita técnico e valorizado pela instalação de uma sala estúdio, o TNDM II concilia a tradição da sua traça com a modernização técnica que faz dele uma sala referencial, histórica e artística. Constitui ainda uma espécie de galeria de arte, com um acervo insubstituível de quadros, livros, manuscritos, cenários, trajes de cena.
Guia: Duarte Ivo Cruz e Ana Ascensão
Horário: 11h00
Duração: manhã
Limite: 25 pessoas
Local de Encontro: Teatro D. Maria ii – Largo D. João da Câmara
[9] CARICATURAS DA ESTAÇÃO DE METRO DO AEROPORTO
Domingo, 19 de maio
A caricatura chegou ao metropolitano alfacinha. António desenhou um conjunto de figuras portuguesas para a nova estação de metro do aeroporto de Lisboa que passou a ter pelas paredes personagens bem conhecidas do público português: Fernando Pessoa, Amália, Eusébio e Zé Povinho estão entre a galeria criada pelo cartoonista António. Ao todo, são 53 figuras, desenhadas em pedra cortada a laser, com mármores, preto e branco, incrustados em pedra lioz. O premiado caricaturista, reconhecido pelo seu traço acutilante, dedica-se também ao design gráfico, à escultura e à medalhística, sendo diretor do salão de humor gráfico World Press Cartoon.
Guia: António (artista autor das caricaturas) e João Paiva Boléo
Horário: 11 h
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: estação de Metro aeroporto (acesso ao metro dentro do edifício do aeroporto, junto às chegadas)
[10] ESPAÇOS NÁUTICOS DO PASSADO E DO PRESENTE: PRESENÇAS FENÍCIAS NO BAIXO MONDEGO
Sábado, 25 de maio
Palavras-chave: Fenícios, arqueologia da paisagem, arqueologia náutica, portos e complexos portuários. Depois do primeiro passeio na zona oeste, tendo como objetivo um entendimento da paisagem, distinguindo, para lá do que hoje é visível, alguns espaços náuticos do passado, vimos introduzir com este 2º passeio uma temática nova: contactos fenício-púnicos em território português; este será o início de um ciclo específico dedicado aos vestígios destes contactos mediterrânicos que precederam a romanização da Península ibérica. O percurso inclui algumas das antigas formas do paleo estuário do Mondego e dos respectivos afluentes, com o caso específico do sítio de santa Olaia na história dos contactos fenício-púnicos – da iiª idade do Ferro (séc. VIII-VI antes da nossa era) – ilustrando-se a cultura material correspondente através da visita às expressivas coleções de cerâmicas de origem fenício-púnica provenientes de santa Olaia e conservadas no Museu Dr. Santos Rocha, na Figueira da Foz.
Guia: Maria Luísa Blot, arqueóloga do meio aquático
Horário: 8h30
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) | Transporte; almoço)
[11] CICLO HISTÓRIA DO(S) TEATRO(S) | TEATROS E EDIFÍCIOS HISTÓRICOS NO ALTO ALENTEJO
Domingo, 26 de maio
Nesta nova visita ao alto Alentejo temos como tema o(s) Teatro(s) mas não deixaremos de visitar a Fundação Eugénio de almeida, com um novo espaço aberto ao público e outros tesouros relevantes pelo seu valor artístico e patrimonial, como a sé ou o antigo Paço de D. Manuel. O Teatro Garcia de Resende foi inaugurado em 1892 na sequência de um moroso e complicado processo de construção e de colaboração com entidades locais. Apesar de algumas alterações introduzidas na sala e sobretudo na fachada, o Teatro constitui ainda hoje um modelo de arquitetura de espetáculo infelizmente raro em Portugal. Destaca-se ainda o interessante pano de boca da autoria de Manini, cenógrafo do Teatro de são Carlos na época da inauguração. Nas suas três ordens das frisas e camarotes, o Teatro Garcia de Resende constitui um dos poucos exemplares devidamente conservados e em atividade da rede arquitetónica de espetáculos do século XiX. Em plena atividade, lá funciona hoje o CeNDreV. Destino diferente teve o Teatro Curvo Semedo de Montemor-o-Novo, inaugurado em 1879, mas posteriormente sujeito a obras de adaptação que, no ponto de vista arquitetónico, o descaracterizaram. Mas ainda assim, a intervenção realizada em 1960 por Raúl Lino permitiu recuperar a sala numa linha modernista que salvaguarda a qualidade dos projetos de Lino, autor, como sabemos, do Tivoli e de outras salas de espetáculo.
Guia: Duarte Ivo Cruz e Anísio Franco
Horário: 9h00
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) | Transporte; almoço)
[12] PATRIMÓNIO DA MARINHA
Sábado, 1 de junho
Começamos por visitar a pequena e desconhecida Capela de são roque nas instalações do arsenal da Marinha em Lisboa. De seguida, atravessamos o rio de cacilheiro para irmos ao encontro da bonita Fragata D. Fernando ii e Glória. Em 1821 o Chefe de esquadra (almirante), intendente da real Marinha de Goa e inspector dos arsenais de Goa propôs ao rei D. João Vi, por intermédio do Governo Geral, a construção de uma nova Fragata em Damão. Só três anos depois chegou a Goa a boa nova de que sua Majestade havia aprovado a construção de uma Fragata de Força, o que deveria ser feito em Damão. O financiamento da sua construção far-se-ia desde logo com os rendimentos do tabaco e alguns subsídios do Governo de Macau. Inicia-se assim em 1824 a compra de madeiras e são recebidos em Damão, provenientes de Lisboa, os desenhos e instruções para a construção da Fragata, mas só em 1840 se procede em ritmo acelerado aos trabalhos da construção da “Fragata Nova de Damão”, como então era conhecida. Ainda com alguns trabalhos no interior por realizar, a Fragata, com 273 pessoas a bordo, largou de Goa a 2 de Fevereiro de 1845 e, após uma viagem de 5 meses sem incidentes, chegou ao Tejo em 4 de Julho. Terminamos no Paço real do Alfeite, um pequeno palácio do séc. XV, que foi residência do infante D. Francisco, mais tarde utilizado como pavilhão de caça. Esse imóvel, pertencente hoje à Base Naval de Lisboa, instalada no Alfeite, situava-se na antiga Quinta do Antelmo, devido à sua aquisição pelo infante ao desembargador António de Maia Aranha, após o que passou a casa do infantado.
Guia: Anísio Franco
Horário: 10h00
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Terreiro do Paço (Torre Poente)
[13] SANTA MARIA DE BELÉM – PALÁCIOS E CONVENTOS
Domingo, 2 de junho
A história do Convento do Bom sucesso começa por volta do ano de 1630, quando chega a Portugal o Padre irlandês Daniel O’Daly com a missão de fundar uma comunidade religiosa que pudesse receber os filhos dos nobres cristãos do seu país, perseguidos naquela altura pelos protestantes ingleses. Fundou para os rapazes a Comunidade do Corpo santo e mais tarde, em 1639, o Convento abre também as suas portas às primeiras religiosas. A igreja da Memória foi fundada por D. José i, num gesto de gratidão por se ter salvo de uma tentativa de assassínio dois anos antes, em 1758, no local quando regressava de um encontro secreto com uma dama da família Távora. Pombal aproveitou a desculpa para se livrar dos seus inimigos Távoras, acusando-os de conspiração. Em 1759, foram torturados e executados. Em estilo neoclássico, a igreja é pequena com o interior em mármore e nela está sepultado o Marquês de Pombal. No final deste dia teremos ainda oportunidade de visitar o Jardim-Museu agrícola Tropical. Criado em 1906 sob a denominação de Jardim Colonial, tinha como objectivo “divulgar conhecimentos sobre a origem, valor, importância e aplicação dos produtos agrícolas e florestais do Ultramar português, estudar técnicas e cientificamente esses produtos, fornecer todas as informações sobre assuntos da sua especialidade e contribuir para o progresso dos estudos superiores de agronomia e silvicultura”. No seu interior podemos encontrar um belo edifício conhecido pelo Palácio dos Condes da Calheta, e posteriormente, já cerca de 1845, por Palácio das secretarias de estado, por aí terem funcionado algumas das secretarias de estado, quando o rei D. José i habitava o Paço Velho, edificado provisoriamente na ajuda. Por fim, pelo Palácio do Pátio das Vacas. Foi, ao que se conhece, seu primeiro proprietário o 4° conde da Calheta.
Guia: Adélia Caldas
Horário: 10h
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Jardim Botânico da ajuda – Calçada da ajuda
[14] CANTANHEDE – OS ROMANCES DE CARLOS OLIVEIRA
Sábado, 15 de junho
Eis a vila deserta. Luar. Setecentos, oitocentos fogos dispostos em ruas mais ou menos radiais. No centro, em redor do parque, ficam os Paços do Concelho, a Matriz, duas ou três casas apalaçadas, entre elas o Solar de D. Álvaro. Carlos de Oliveira, in Pequenos Burgueses. O testemunho do escritor neorrealista acerca de Cantanhede apoia o nosso objetivo em realizar este itinerário literário pelo território singular da Gândara. É sempre agradável percorrer os locais referidos numa obra invulgar que se acaba de ler e é o que nos propomos fazer em torno das narrativas de Carlos de Oliveira, Casa na Duna e Uma abelha na Chuva. Efetuaremos uma visita ao concelho de Cantanhede que apresenta um conjunto de locais que vale a pena visitar relacionado quer com a obra, quer com a vivência do escritor: Febres, s. Caetano, Olhos de Fervença, Praia da Tocha e Ançã. Nas suas palavras: “o meu ponto de partida, como romancista e poeta, é a realidade que me cerca.” (In O aprendiz de Feiticeiro).
Guia: Paula Oleiro
Horário: 7h15 (o comboio parte às 8h)
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Átrio estação santa Apolónia (junto às bilheteiras)
Transporte; almoço
[15] JAZZ EM CASCAIS – UMA HISTÓRIA DE 80 ANOS
Domingo, 16 de junho
Cascais e Jazz são dois sinónimos na história deste género musical entre nós. A relação entre ambos remonta a 1928 – há precisamente 85 anos – data em que se realizou no Grande Casino internacional do Monte Estoril um histórico concerto pelos Robinson syncopators, a primeira banda norte-americana de jazz a actuar em Portugal. Os anos 30 e 40 trouxeram várias orquestras europeias, mas foi a partir das décadas de 60/70, através de Luís Villas-Boas, que tocaram no concelho os grandes nomes do «som da surpresa», como Oscar Peterson, Keith Jarrett, Miles Davis, Duke ellington, Sarah Vaughan, Charles Mingus e Dave Brubeck. Os palcos preferenciais foram o Luisiana Jazz Clube, o mítico Cascais Jazz – epicentro de vários incidentes políticos, incluindo a detenção de Charlie Haden pela PIDE/DGS – e, já nos anos 80/90, os festivais Jazz num Dia de Verão e Estoril Jazz. É toda esta rica e interessante história que o roteiro do Jazz em Cascais revela através da visita a cerca de 15 edifícios/ recintos, terminando no Cascais Jazz Club, a mais recente morada do jazz no concelho. A condução do passeio é realizada por João Moreira dos santos, autor de oito livros sobre a história do jazz em Portugal e do programa “Jazz a Dois” (RDP – antena 2). No final teremos um pequeno concerto com repertório de Frank Sinatra.
Guia: João Moreira dos santos
Horário: 14h30
Duração: tarde
Limite: 25 pessoas
Local de Encontro: entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) | Transporte
[16] MUSEU DE ETNOLOGIA – A NOVA EXPOSIÇÃO PERMANENTE “O MUSEU, MUITAS COISAS”
Domingo, 23 de junho
A exposição permanente do Museu Nacional de etnologia vem mostrar a diversidade das suas coleções. É por isso constituída por 7 núcleos, com uma vigência rotativa, cada um dedicado a uma temática, sendo que dois deles enfatizam, independentemente, um objeto específico e um determinado autor: o teatro de sombras
de Bali; as bonecas do sudoeste angolano; as tampas de panelas com provérbios de Cabinda; máscaras e marionetas do Mali; instrumentos musicais populares portugueses; as talas de rio de Onor (núcleo dedicado a um objeto) e a escultura de Franklim (núcleo dedicado a um autor). É uma exposição que, permanente pelo espaço que ocupa e pela sua permanente referenciação ao museu e ao seu acervo, se traduz num instrumento dinâmico que se transforma e vai revelando novos conteúdos que aí podem ser apresentados e desenvolvidos à medida que novas coleções ou a perspetiva sobre um autor se sucedem. É com esta exposição permanente que propomos o reencontro e a conquista de novos públicos que acreditamos ela irá induzir e diretamente atrair.
Guia: Joaquim Pais de Brito – Diretor
Horário: 14h30
Duração: tarde
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Museu de Etnologia – Av. Ilha da Madeira (ao Restelo)
[17] CNC PORTO | PONTE CULTURAL LISBOA-PORTO | ALTO DOURO VINHATEIRO SOB A ÉGIDE DA FERREIRINHA
(Sexta), sábado e domingo (28) 29 e 30 de junho
O alto Douro, que faz parte, a sul, da província de Trás-os-Montes e alto Douro, no dizer lapidar de Miguel Torga “O reino maravilhoso”, abrange as margens do rio
Douro, no seu percurso exclusivamente português, integrando na sua margem direita a província de Trás-os-Montes e alto Douro e ocupando na margem esquerda o território da Beira alta. O que se designa por alto Douro vinhateiro corresponde à região demarcada do Douro, criada pelo Marquês de Pombal e que constitui a mais antiga região demarcada do mundo. A importância da produção básica desta região foi antevista pelo Marquês, que antecipou um gigantesco trabalho de preparação dos terrenos durienses, tirando partido das condições do solo e das características do terreno. Esta verdadeira epopeia, que em termos de investimento na natureza foi a maior até agora feita no nosso país, exigiu pesados sacrifícios dos trabalhadores, entre os quais se contaram, no século XiX, milhares de espanhóis, provenientes da Galiza. De entre os investidores na produção e negócio de exportação do vinho do Porto, a grande maioria ingleses, dos quais se destacou o Barão de Forrester, avulta, como maior empresária do sector, D. antónia Ferreira, a “Ferreirinha”, cuja Quinta principal, a Quinta do Vesuvio, (onde Manoel de Oliveira faz passar o enredo do seu admirável filme “Vale Abraão”) será objeto de uma visita detalhada. Destacamos ainda o fascínio que esta região exerceu sobre escritores, não só, naturalmente, Miguel Torga, mas também outros, oriundos de outras regiões, como Manuel Mendes, Alves redol e José saramago.
Guia: Gaspar Martins Pereira
Professor catedrático do Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP)
Horário:
Em Lisboa: 18h30m (o comboio parte às 19h) – sexta
No Porto: 8h30 – sábado
Duração: fim de semana
Limite: 30 pessoas (15 de Lisboa | 15 do Porto)
Local de Encontro
em Lisboa (28/06): Átrio da estação de Sta. Apolónia (junto às bilheteiras)
no Porto (29/06): Palacete dos Viscondes de Balsemão, Praça de Carlos alberto 71
Transporte; alojamento; três refeições (para os sócios de Lisboa estão incluídas 4 refeições); entradas monumentos
Organização: CNC Porto
APOIO: Symington Family Estates – proprietários da Quinta do Vesuvio
Contacto sócios Porto: Andreia Faria 961 371 760 | aqfaria@gmail.com