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1º TRIMESTRE 2012 – PASSEIOS DE DOMINGO

1º TRIMESTRE 2012
PASSEIOS DE DOMINGO


 


1• TORRE DO TOMBO
Sábado, 14 de Janeiro
A Torre do Tombo é de uma das instituições mais antigas de Portugal.
Desde a sua instalação numa das torres do castelo de Lisboa, ocorrida provavelmente no reinado de D Fernando e seguramente desde 1378, data da primeira certidão conhecida, até 1755, prestou serviço como Arquivo do rei, dos seus vassalos, da administração do reino e das possessões ultramarinas, guardando também os documentos resultantes das relações com os outros reinos.
Projectado pelo arquitecto Arsénio Cordeiro, o edifício que acolhe o arquivo nacional foi inaugurado em 1990. A Torre do Tombo reúne no seu acervo os documentos do arquivo central do Estado português, cabendo aos serviços arquivar preservar e divulgar este património de âmbito nacional.


Guia: Arquivo Nacional Torre do Tombo
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 20 pessoas 
Local de Encontro: Torre do Tombo – Alameda da Universidade



2 • MUSEU DA CIDADE – EXPOSIÇÃO FRIDA KAHLO – AS SUAS FOTOGRAFIAS
Domingo, 15 de Janeiro
A Casa da América Latina traz a Lisboa uma selecção de 257 fotografias das 6.500 que compõem o acervo da Casa Azul/Museu Frida Kahlo. Esta é a primeira apresentação internacional da exposição “Frida Kahlo – As Suas Fotografias”, apresentada pelo Museu Frida Kahlo em 2010, e exibe um conjunto significativo de fotografias que serviram à pintora mexicana como recordação, ferramenta de trabalho ou como forma de exorcizar a solidão. Esta mostra, com curadoria de Pablo Ortiz Monasterio, reconhecido fotógrafo e historiador da fotografia no México, ilustra a importância deste meio artístico na vida da pintora.
Não se pretende apresentar uma cronologia da vida e obra de Frida Kahlo, mas antes mostrar pedaços da sua história pessoal e da sua intimidade, de um país e de uma época, permitindo também descobrir novas facetas de uma das personalidades mais complexas e enigmáticas do século XX.


Guia: Museu
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite:  25 pessoas
Local de Encontro: Museu da Cidade – Campo Grande, 245



3 • RTP – TECNOLOGIAS DO SÉC. XXI
Sábado, 21 de Janeiro
Com a inauguração das novas instalações, que compreendem o novo Centro de Produção e os novos Estúdios, a RTP criou novos ambientes de trabalho, adaptados às necessidades de uma empresa pioneira que tem como actividade principal a comunicação. Esta segunda fase das novas instalações vem completar o processo produtivo através da instalação do principal Centro de Produção e dos Arquivos. A instalação de quatro modernos estúdios de produção de programas viabilizou a desafectação das instalações da RTP no Lumiar, constituindo um importante salto qualitativo para o operador público de Televisão e Rádio. O novo edifício compreende, entre outros serviços, áreas destinadas à localização do novo núcleo museológico, que se encontra em preparação e à operação dos valiosos Arquivos da RTP e RDP.


Guia: RTP
Horário: 10h30
Duração: manhã
Limite: 20 pessoas
Local de Encontro: Av. Marechal Gomes da Costa, 37



4 • OURÉM | PORTO DE MÓS
Domingo, 22 de Janeiro

A figura do Conde de Ourém e Marquês de Valença é hoje injustamente desconhecida. Contudo, ele foi um dos mais viajados nobres do final da idade média portuguesa. Introduziu em Portugal objectos e ideias do renascimento que então despontava na Península itálica. Destas viagens trouxe a vontade de construir que ficou patente na sua divisa: “Me faut faire”. Esta atitude progressista levou-o a reconstruir vários castelos que lhe tinham calhado em herança. O Castelo de Porto de Mós e o Castelo de Ourém  são duas dessas marcas que o nobre cavaleiro deixou para a posteridade. O perfil arquitectónico de qualquer um dos dois distancia-se de tudo aquilo que estamos habituados a ver em termos de fortificações portuguesas. (de notar que o acesso ao Castelo de Ourém é feito a pé, a subir)


Guia: Adélia Caldas
Horário: 9h30
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço



5 • CASCAIS: A NOVA CIDADELA
Sábado, 28 de Janeiro
A história do Palácio da Cidadela de Cascais cruza-se com a dos chefes de Estado de Portugal, da Monarquia à República. Utilizado como residência de veraneio da Casa Real a partir de 1870, o Palácio da Cidadela de Cascais ficou afecto à Presidência da República após a mudança de regime em 1910. Habitado por vários Presidentes da República Portuguesa – de Manuel de Arriaga a Bernardino Machado, na I República, ou Óscar Carmona que aí fixou residência oficial, durante o Estado Novo – o Palácio passou por um longo período de incerteza e de quase abandono.
Em 2004, o Museu da Presidência da República iniciou um estudo aprofundado sobre o Palácio da Cidadela de Cascais que permitiu reconstituir a sua memória histórica, na sua dimensão construtiva, artística, iconográfica e vivencial. Por iniciativa do actual Presidente, seguiu-se um processo de reabilitação do edifício que possibilita aos visitantes percorrer as salas de aparato do Palácio, a capela de N. S. da Vitória, o antigo quarto do rei D. Luis ou a sala moçárabe, que serviu de gabinete de trabalho ao Presidente Craveiro Lopes, numa iniciativa única que pretende dar a conhecer um património de grande significado, pela sua história, arquitectura e localização privilegiada na baía de Cascais.


Guias: Museu da Presidência da República | Anísio Franco
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 35 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte



6 • MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA
CUERPOS DE DOLOR. A IMAGEM DO SAGRADO NA ESCULTURA ESPANHOLA (1500-1750) |
PRESÉPIO DE SANTA TERESA DE CARNIDE
Domingo, 29 de Janeiro
Abarcando os séculos áureos da escultura espanhola, a exposição “Cuerpos de Dolor. A imagem do sagrado na escultura espanhola (1500-1750)” constitui uma escolhida amostra das importantes colecções do Museo Nacional de Escultura (Valhadolid, Espanha), conhecido como o “Prado da Escultura”. Pela primeira vez, Portugal tem o privilégio de acolher mais de três dezenas de esculturas de grandes mestres espanhóis – desde o declinar da Idade Média ao ocaso do Período Barroco. Na reconstituição do presépio de Santa Teresa de Carnide, integrado nas colecções do MNAA a 7 de Julho de 1915, usou-se a fórmula tradicional que a escala das figuras impõe. No centro da composição apresenta-se a Sagrada Família, os Anjos e os animais referidos por São Lucas. As figuras da Virgem e de São José, em atitude contemplativa, revelam que o barrista se preocupou mais com o movimento dos panejamentos e não tanto com o dinamismo das figuras. Para o estábulo, inserido em apontamento de arquitectura clássica, convergem pastores, camponeses com oferendas e tocadores de instrumentos. No plano intermédio dispõe-se o cortejo dos Reis Magos, com cavalos espantados que acentuam o naturalismo da representação.


Guia: Anísio Franco
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 30 pessoas
Local de Encontro: entrada principal do Museu – Jardim 9 de Abril (às Janelas Verdes) 



7 • CONSTÂNCIA
Sábado, 4 de Fevereiro
No encontro do Zêzere com o Tejo nasceu a antiga Punhete, terra cuja História está intimamente ligada aos rios e às actividades que eles proporcionavam: o transporte fluvial, a construção e a reparação naval, a travessia e a pesca.
D. Sebastião elevou-a a vila e criou o Concelho, em 1571, reconhecendo o desenvolvimento que já então alcançara. D. Maria II, em 1836, mudou-lhe o nome para Constância, em atenção à constância que os seus habitantes demonstraram no apoio à causa liberal.
Terra de sedução e de poesia, diz a tradição que acolheu Luís de Camões por algum tempo, e a memória do Épico faz parte da alma da vila.
A chegada do caminho-de-ferro, no século XIX, e do transporte rodoviário, em meados do século XX, a par da construção das barragens, provocaram a decadência das actividades tradicionais e a vila teve de mudar de vida, virando-se para o aproveitamento turístico das suas belezas, do encanto das suas paisagens e da tranquilidade dos seus rios.
Dos tempos antigos guarda a memória dos marítimos e da sua faina, através da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, um dos maiores acontecimentos do seu género em Portugal.


Guia: Máximo Ferreira
Horário: 9h
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço



8 • ATELIER DE HELENA ALMEIDA
Domingo, 5 de Fevereiro
Filha do escultor Leopoldo de Almeida é uma das principais artistas portuguesas contemporâneas. O seu trabalho centra-se no auto-retrato a preto e branco, com intervenções pictóricas pontuais. As principais temáticas de Helena Almeida são o espaço,  a ocupação deste pelo corpo e os rituais associados a essa ocupação (presença, movimento, interacção). Expõe em geral fotografias e, mais recentemente, os desenhos preparatórios desses trabalhos.


Guia: Helena Almeida
Horário: 11h
Duração: manhã
Limite: 25 pessoas
Local de Encontro: Rua Coelho da Rocha nº 69 – Campo de Ourique



9 • CINEMATECA
Sábado, 11 de Fevereiro
Conservar e divulgar o património cinematográfico é a missão da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.
Em primeiro e especialíssimo lugar, cabe-lhe conservar e divulgar o património cinematográfico português, o que, de acordo com um amplo consenso internacional, é de resto a sua principal contribuição para a cadeia de salvaguarda do cinema mundial.
Mas salvaguardar o cinema português é também salvaguardar a memória e a cultura de cinema em Portugal. Nesse sentido, a Cinemateca é um elo de uma outra cadeia fundamental, em que património e criação constituem duas faces da mesma moeda e em que lhe cabe manter vivo entre nós o conhecimento do cinema mundial, da sua evolução e da sua diversidade.


Guia: Maria João Seixas
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 30 pessoas
Local de Encontro: Rua Barata Salgueiro, nº 39



10 • ESPLENDORES  DE SANTA CLARA
Domingo, 12 de Fevereiro

O Campo de Santa Clara, que nos habituámos a conhecer apenas por ser o espaço onde se instala às terças e sábados  a Feira da Ladra, foi desde sempre um terreiro com bons ares onde se foram instalando, desde a criação do Convento de Sta. Clara e de Sta. Engrácia, uma série de aparatosos palácios da nobreza lisboeta, todos eles virados para o deslumbrante cenário do estuário do Tejo. Propomo-nos, portanto, percorrer toda esta frente monumental, fazendo incursões pelo que resta dos edifícios do esplendor de outrora.
Deve o seu nome à Ordem Franciscana de Santa Clara que em 1288 resolveu edificar no local as suas instalações religiosas.


Guia: Adélia Caldas
Horário: 9h30
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Campo de Santa Clara, junto ao Hospital de Marinha



11 • O NORTE ALENTEJO: AVIS                   ADIADO PARA 2º TRIMESTRE
Sábado, 18 de Fevereiro
D. Afonso II doou Avis a Fernão Anes, mestre da única ordem militar de fundação portuguesa, que tomaria este nome. Em 1211 aqui começaram a ser construídos um castelo e a sede da ordem. Da fortificação, concluída em 1223, restam três das seis torres e uma porta, bem como parte da muralha. Da Porta da Vila, a sul, é visível, à esquerda, a Torre da Rainha. No Largo Cândido dos Reis, subsiste boa parte da estrutura do convento. Aí ficam a igreja, o Poço do Mestre e um pequeno museu. No largo da igreja matriz e do pelourinho ficam os Paços do Concelho medievais e a casa onde, segundo a tradição, viveu com sua mãe o futuro D. João I que foi Mestre de Avis. Noa arredores, as paisagens tranquilas da albufeira do Maranhão.
Situada num morro de granito, a 200 metros de altitude, a vila de Avis conserva, em boa parte, o seu aspecto medieval e é sede de concelho com oito freguesias. Na freguesia de Benavila merece visita a Fundação Abreu Callado, fundada  por
Cosme de Campos Callado em 1948 com objectivos socio educativos  e  instalada num edifício senhorial de característica traça rústica alentejana que ostenta na chaminé maior a data de 1758.

Guia: Anísio Franco
Horário: 9h
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço



12 • OS SEGREDOS DE AVEIRO
Sábado e Domingo, 25 e 26 de Fevereiro
Se a presença humana em Aveiro remonta, pelo menos, à Pré-História recente, evidente nas mamoas e dólmens existentes não só no concelho como em toda a região, o seu grande desenvolvimento surgiria em período histórico.
Desde sempre ligada a actividades económicas, Aveiro teve na produção de sal e no comércio naval as suas mais valias.
Valioso como bem de troca, o sal, provavelmente já explorado em tempos romanos, está comprovado documentalmente a partir de 959, no testamento da Condessa Mumadona Dias ao Cenóbio [mosteiro] de Guimarães.
Foi nesse mesmo testamento que surge a mais antiga forma que se conhece do topónimo Aveiro, em que Mumadona Dias doa em testamento toda a região ao mosteiro de Guimarães “Suis terras in Alauario et Salinas”.
A preponderância de imóveis dos séculos XIX e XX reflecte o desejo de acompanhar o gosto da época, evidente na decoração com apontamentos Arte Nova de alguns edifícios, repetidos noutros locais da região, ou nas linhas depuradas de uma Art Déco e de um Modernismo impulsionado pelo Estado Novo. Paredes meias com o progresso, subsiste a tradição em algumas vivências etnográficas, bem como na arquitectura do meio rural da região, onde se fundem várias vertentes da construção tradicional portuguesa materializadas na casa gandaresa. Aveiro conserva também no Alboi e, em particular, no bairro da Beira Mar casas térreas revestidas a azulejo, testemunhos vivos de antigos marnotos [salineiros] e pescadores fiéis devotos de S. Gonçalinho e S. Roque.
Na localidade de Avanca merece destaque a Casa-Museu Egas Moniz.


Guia: Anísio Franco
Horário: 7h15 (o comboio parte às 8h)
Duração: fim de semana
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: átrio da Estação de Sta. Apolónia – junto às bilheteiras
Transporte; alojamento; três refeições



13 • LISBOA GUIADA POR FERNANDO PESSOA
Domingo, 4 de Março
Lisboa rima com Pessoa. Escreveu o seu biógrafo Robert Bréchon: “Esta cidade (Lisboa) é antes de tudo o espaço das suas itinerâncias, porque este sedentário é um nómada. Mudou de casa pelo menos vinte vezes em quinze anos. Mas sobretudo, mesmo depois de ter escolhido um domicílio fixo, continuou a calcorrear incansavelmente as ruas.” Com efeito, o amor do poeta modernista pela capital era tão grande que o motivou a escrever um guia para turistas estrangeiros, em 1915, que intitulou Lisboa: O que o Turista deve ver. Já em tempos da revista Orpheu, congeminara a ideia de escrever uma obra que divulgasse o país, mas ficara apenas pelo título: All About Portugal. Pelas palavras do guia Fernando Pessoa, vamos percorrer alguns dos locais propostos por este apaixonado pela cidade “Ophiussa”, partindo do “monumento ao poeta Chiado”: “Convidaremos agora o turista a vir connosco. Servir-lhe-emos de cicerone e percorreremos com ele a capital. Mostrando-lhe os monumentos, os jardins, os edifícios mais notáveis, os museus – tudo o que for de algum modo digno de ser visto nesta maravilhosa Lisboa.”


Guia: Paula Oleiro
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Largo do Chiado



14 • MUSEU DO FADO – CELEBRAÇÃO DO PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE
Domingo, 11 de Março
Desde a sua abertura ao público em 1998, têm convergido para o Museu os espólios de centenas de intérpretes, autores, compositores, músicos, construtores de instrumentos, estudiosos e investigadores, artistas profissionais e amadores, em suma, de centenas de personalidades que testemunharam e construíram a história do Fado e que não hesitaram em ceder-lhe os testemunhos do seu património afectivo e memorial para a construção de um projecto comum.  A todos o Museu do Fado presta a sua homenagem, investigando, conservando e promovendo as singularidades desta arte performativa, oriunda nos bairros históricos de Lisboa e que ao longo de uma história aproximada de 200 anos, foi capaz de absorver influências culturais e tecnológicas diversas, desenhando um trajecto de consagração nas mais diversas áreas, e que se perpetuaram ao longo de quase todo o século XX, na exacta proporção da sua celebração popular.


Guia: Sara Pereira
Horário: 11h
Duração: manhã
Limite:  25 pessoas
Local de Encontro: Museu do Fado – Largo do Chafariz de Dentro nº1



15 • MEMÓRIAS DA ARRÁBIDA
Sábado, 17 de Março
“Serra Mãe” lhe chamava um seu filho, o poeta Sebastião da Gama, que a dizia “Das estrelas tão vizinha”, serra onde também paira outra memória, a de Frei Agostinho da Cruz, serra do maquis e das duas matas, a Coberta e a do Solitário… Arrábida mediterrânica do Conventinho encantador, dos Palácios e das Quintas, do doce Moscatel e dos doces de Azeitão!


Guia: Lourenço de Almeida
Horário: 10h
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço



16 • IGREJA DO MENINO DEUS – 300 ANOS
Domingo, 18 de Março
A Igreja do Menino Deus é uma obra de grande importância histórica e patrimonial. Localizada no Largo do Menino Deus, meio escondida na encosta nascente da Colina do Castelo, este templo é praticamente desconhecido da maior parte dos lisboetas. Mas a sua notável qualidade e originalidade arquitectónica, aliada ao facto de ser uma das raras igrejas que escapou intacta ao grande terramoto de 1755, fazem dela um verdadeiro marco da Arquitectura Barroca nacional. A concepção da obra está atribuída ao Arquitecto Real João Antunes (1642-1712), autor de obras de referência como a Igreja de Santa Engrácia em Lisboa.
Trata-se de um dos primeiros exemplos de edifício religioso do início do séc. XVIII a evidenciar uma opção pela planta composta por octógono irregular e rectângulo  justapostos. Evidencia igualmente uma opção pelos materiais nobres que se traduz na utilização dos mármores em alternância cromática.


Guia: Rui Matos
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Largo das Portas do Sol (junto à estátua de S. Vicente)



17 • DE  VOLTA A TRÁS OS MONTES  –  VILA REAL
Sábado e Domingo, 24 e 25 de Março
Nas margens do Rio Corgo, um dos afluentes do Douro, a cidade de Vila Real ergue-se a cerca de 450 metros de altitude, numa região que revela indícios de ter sido habitada desde o Paleolítico. Vestígios de povoamentos posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias, denunciam com segurança a presença dos romanos na região, mas os tempos que se seguiram, durante as invasões bárbaras e sobretudo muçulmanas, impuseram um despovoamento gradual que só terminou com a aproximação do séc. XII, com a outorga em 1096 do foral de Constantim de Panóias, pelo Conde D. Henrique.
Em 1289, por foral de D. Dinis (o primeiro dado por este monarca a Vila Real) é fundada a pobra de Vila Real de Panóias, que viria a transformar-se na cidade de hoje.
Nos sécs. XVII e XVIII Vila Real consolida o epíteto de Corte de Trás-os-Montes, que havia ganho com a presença dos nobres que aqui se fixaram por influência da Casa dos Marqueses de Vila Real, presença ainda hoje visível nas inúmeras pedras-de-armas que atestam os títulos de nobreza dos seus proprietários.


Guia: Anísio Franco
Horário: 7h30
Duração: fim de  semana
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; alojamento; três refeições



18 • SINTRA – CHALET DA CONDESSA D’EDLA | QUINTA DA PENA | PALÁCIO DA PENA
Sábado, 31 de Março
Escondido em pleno Monte da Lua, o Chalet da Condessa d’Edla, em Sintra, tem sido um dos segredos mais bem guardados do Parque da Pena desde a sua construção, no século XIX. O chalet foi mandado construir por D. Fernado II e pela sua segunda esposa Elise Hensler, Condessa d’Edla, uma cantora de ópera suíço-americana, entre 1869 e 1875, num talhão do Parque da Pena.
Com uma estrutura invulgar para Portugal, foi inspirado nas construções das montanhas suíças, mas revestido com materiais nacionais, como a cortiça, que emoldura cada porta e janela exterior. Também a fachada é toda ela de alvenaria, mas pintada de forma a imitar madeira, à semelhança das casas americanas. No exterior, 1,5 hectares de parque e jardins rodeiam o edifício, com alguns raros exemplares de vegetação e onde as flores coloridas alegram o cenário. Várias fontes e miradouros naturais para o Palácio da Pena são segredos a descobrir ao longo dos vários circuitos de passeio possíveis neste parque de vegetação frondosa.


Guia: João Rodil
Horário: 10h
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; almoço

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